O testemunho de um vizinho do comerciante teria atrapalhado a açao e influenciado na desistência da quadrilha. Na manha do dia anterior, segunda-feira, na Vila Diadema, a empresária R.R.S., 40 anos, proprietária de uma microempresa, permaneceu mais de cinco horas em poder de seqüestradores em um cativeiro ainda nao identificado. Ela foi libertada no começo da tarde do mesmo dia no Centro de Diadema após o pagamento do resgate, estipulado em R$ 13 mil.

Segundo o delegado assistente da Seccional de Diadema e responsável pelo SIG (Serviço de Investigaçoes Gerais), Mitiaki Yamamoto, as apuraçoes identificaram um suspeito de ter participado da tentativa frustrada contra o comerciante. "Tivemos a informaçao de que ele estaria em companhia de mais outros com armas pesadas. A quadrilha já é conhecida por prática de seqüestros, o que torna o grupo suspeito de ter agido também contra a empresária. Ainda nao obtivemos o reconhecimento fotográfico dele pelas vítimas", afirmou.

Tiros- Quatro homens armados que sairam de um Vectra verde surpreenderam o comerciante M.G. quando ele chegava com um carro nao divulgado em sua residência, no Centro de Diadema, por volta das 21h da última terça-feira. Os homens anunciaram o seqüestro e obrigaram M. a entrar no veículo dos criminosos. Segundo seus relatos à polícia, ele resistiu e levou coronhadas dos seqüestradores.

A irma do comerciante, D.G., também foi rendida pela quadrilha quando apareceu para abrir o portao da casa. O grupo, entao, trocou de vítima e levou a mulher em um Opala cinza, onde estavam os outros integrantes. Horas depois, sem pagamento de resgate, ela foi libertada, na capital.

Um vizinho presenciou todo o fato. No momento em que deixaram o local com a vítima, crivaram de balas a fachada da casa, acertando dois veículos estacionados na garagem. "A presença de testemunhas pode ter feito com que desistissem", explicou o delegado.

Cativeiro - Por volta das 7h da última segunda-feira, dois homens armados invadiram a microempresa de R.R.S., na Vila Diadema, em Diadema. Ela estava trabalhando juntamente com um funcionário, também rendido. Vendaram seus olhos e a levaram para um cativeiro, ainda nao localizado. Em contato com a família da empresária, os seqüestradores exigiram R$ 40 mil, no entanto, o valor pago pelo resgate foi de R$ 13 mil deixados numa passarela da avenida Sete de Setembro. Horas depois, R. foi libertada na rua Japao, Centro de Diadema.