Os idosos passam dia e noite na casa. Eles têm alimentação, roupas e condições materiais para viver, de banheiros a armários, de carinho a dedicação. São quatro refeições por dia: café da manhã, almoço, lanche e janta.
O diretor Ari Luiz Tucunduva de Farias afirmou que os que entram acabam não saindo. “Primeiro porque não há necessidade. Aqui eles recebem tudo o que precisam para viver. Depois, porque as próprias famílias não aceitam, já que muitos deles têm problemas. O maior é, sem dúvida, o alcoolismo. Existem alguns que são jogados na rua pela família por esse motivo”, contou Farias.
A instituição não atende apenas idosos. Também há pessoas com aproximadamente 30 anos. Mas a grande maioria é formada por idosos de 50 a 80 anos. Eles passam boa parte do tempo jogando dominó e baralho. Dia sim dia não, uma professora vai até o local dar aulas para quem se interessar. Alguns estão lá há mais de 14 anos.
A Casa Camille Flammarion se mantém com doações de alimentos, roupas, móveis e bazares. Além disso, uma verba de R$ 13 mil por mês vem da Prefeitura. Porém, segundo o diretor, eles estão há 4 meses sem receber o dinheiro. Farias é músico e faz shows beneficentes como tecladista, violonista e cantor quando pode para arrecadar verbas para a instituição.
A mulher de Farias também é diretora da casa. A equipe que cuida dos idosos é formada por 18 enfermeiros, um médico psiquiatra, uma secretária e uma assistente social. Todos são registrados e recebem salário mensal. “Acabo vivendo mais aqui na instituição do que na minha própria casa”, confessou Farias.
Colaborou Carolina Velloso
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