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Show de Peppino Di Capri inaugura casa de shows no ABC
Nelson Albuquerque
Da Redaçao
27/10/2000 | 19:24
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   Peppino Di Capri pretende realizar um antigo desejo em Sao Caetano na próxima segunda-feira: fazer um show beneficente no Brasil. A renda do evento será revertida para três instituiçoes que cuidam de crianças abandonadas com Aids: Piva, Proac e Lar Espírita. A apresentaçao inaugurará o Victória Hall, nova casa de espetáculos do Grande ABC.

O cantor italiano, em outras visitas ao país, já havia tentado cantar com fins filantrópicos, mas nunca encontrou alguém que cedesse um espaço. O Victória Hall aceitou a idéia. A casa, antigo Cine Vitória, passou por reforma durante dez meses e recebeu investimento de R$ 800 mil.

Nascido na cidade de Capri, na Itália, Giuseppe Faiella, seu nome verdadeiro, começou a se apresentar tocando piano logo aos 4 anos. Gravou o primeiro disco, já como cantor, em 1958. Seus maiores sucessos mundiais foram Champagne (1974) e Roberta (1963), cançoes que marcam presença no show. Participou de 13 ediçoes do Festival de San Remo e foi o vencedor em duas oportunidades.

Na última quarta-feira, Peppino Di Capri levou 2,5 mil pessoas ao Via Funchal. Sábado e domingo, ele se apresenta no Garden Hall, no Rio, e na segunda estará no Victória Hall, em Sao Caetano. Em entrevista ao Diário, o artista falou sobre o show beneficente e sobre a atual fase da música italiana:

DIARIO - Por que o senhor resolveu fazer um show beneficente no Brasil?
PEPPINO DI CAPRI - Eu já queria fazer um show desse nas outras vezes que estive aqui, mas nunca encontrei um lugar disponível. Desta vez, quando me convidaram para cantar no Brasil, exigi essa condiçao: quero fazer um show beneficente!

DIARIO - Essa apresentaçao é lançamento de algum disco novo?
DI CAPRI - Sim. O disco se chama 40 Anos de Sucesso. Reúne minhas principais músicas e faz um resumo da minha carreira.

DIARIO - As pessoas que vao ao seu show assistirao ao mesmo Peppino Di Capri de sempre ou, aos 61 anos, o senhor mostrará algumas mudanças?
DI CAPRI - É claro que as coisas se modificam, é nosso curso natural. Muda a maneira de tocar, cantar e até de compor. Afinal, o gosto da gente também se transforma.

DIARIO - Como está a atual fase da música italiana?
DI CAPRI - Mudou muito. A melodia italiana está se perdendo, principalmente porque só pensam no lado comercial, nas vendas. Uma música fica em evidência uns três, quatro meses, depois some. Eu prefiro as cançoes que têm vida longa. É normal que aconteçam mudanças, mas temos sempre de lembrar da tradiçao.

DIARIO - Na sua opiniao, quais sao os principais cantores italianos de hoje?
DI CAPRI - Acredito que Eros Ramazzotti, Giani Morandi, Lucio Dalla e Mina.

DIARIO - E o que o senhor acha da música brasileira?
DI CAPRI - Eu gosto da música brasileira. Ela é um ponto de referência no mundo. Mas prefiro a geraçao média, como Ivan Lins.

DIARIO - O senhor visita o Brasil também para fazer turismo?
DI CAPRI - Sim. As vezes venho para cá com minha câmera. Já visitei o Rio, Recife, Fortaleza, Natal, Salvador e outros lugares.




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