<p>O dia tão esperado pelo torcedor andreense chegou e ontem à tarde o Estádio Bruno Daniel reabriu os portões para receber um jogo do Santo André. Entretanto, diversas situações dividiram os ramalhinos que assistiram – ou não – aos três gols da partida vencida pelo time da casa por 2 a 1 sobre o Monte Azul. Enquanto alguns celebraram a reformada praça esportiva, outros reclamaram demasiadamente das longas e demoradas filas nas bilheterias.</p> <p>“Agora o estádio é adaptado, não preciso mais de torcedor pegando (a cadeira)”, elogiou o cadeirante Rafael Costa Soares, 20 anos, que se posicionou no setor recém-construído.</p> <p>Pouco antes de a partida começar, confusão na porta do estádio fazia torcedores subirem e descerem a Rua 24 de Maio atrás de informações sobre por onde entrar. Para piorar, a máquina que imprimia ingressos na nova arquibancada quebrou, levando a torcida a se aglomerar nos três guichês do lado contrário – centenas entraram somente aos 25 minutos, quando o Santo André já vencia por 1 a 0.</p> <p>“É pena porque torcedor vem e é desrespeitado pela falta de infraestrutura”, destacou o funcionário público Ronaldo Augusto, 38. “Desisti. É falta de respeito. O técnico convoca a torcida, um dia bonito destes, feriado e acontece isso. Acompanho desde 1974, mas não venho mais”, reclamou o professor Romeu Silva, 53.</p> <p><strong>Em campo, Ramalhão garante Folia da torcida na arquibancada</strong></p> <p>O sábado de Carnaval foi animado no Bruno Daniel. E se o Santo André fosse escola de samba, teria realizado desfile com algumas falhas, mas a vitória por 2 a 1 sobre o Monte Azul devolveu a ponta da Série A-2 do Paulista, com nove pontos.</p> <p>Nos quesitos harmonia e comissão de frente o Ramalhão mostrou ser digno de notas 10. A equipe da casa começou com tudo, envolvendo o adversário e, logo aos 18 minutos, Robson tocou, Gilmar devolveu de letra e o atacante abriu o placar.</p> <p>A evolução era promissora, mas o enredo da partida poderia ter sido mais favorável se o time andreense não tivesse perdido tantos gols, sobretudo Gilmar e Antônio Flávio.</p> <p>Para piorar, o Santo André sofreu com bateria aérea adversária. Na etapa final, Diego salvou cabeçada de Rodrigo.</p> <p>Aos 35, Robson serviu Branquinho, que fez o segundo ramalhino. Porém, aos 42, Jean cabeceou contra o patrimônio e quase atravessou o samba: 2 a 1.</p> <p>No fim, aos 45, Diego vestiu a fantasia de herói, saltou no ângulo para impedir gol de falta de Raul e garantir a Folia andreense. <strong>DB&#160;</strong></p>