Setecidades Titulo
Estupradores do Escort fazem a sexta vítima
Gabriel Batista
Do Diário do Grande ABC
08/06/2004 | 22:13
Compartilhar notícia


Os estupradores do Escort branco fizeram a sexta vítima na tarde desta segunda. A estudante E.A.R., 23 anos, esperava um amigo, por volta das 18h30, em um ponto de ônibus no Km 29 da Anchieta, no Riacho Grande, em São Bernardo, quando os dois pararam o carro, pediram informações e, com uma arma, a obrigaram a entrar no Escort.

O motorista perguntou à estudante como fazia para pegar o retorno ao Riacho. Quando se aproximou do carro para explicar, ele disse que era um assalto e a fez entrar e sentar no banco traseiro. Foi quando a estudante percebeu que havia outro homem no carro. Eles disseram que haviam roubado o carro e que se a polícia os parasse, ela seria refém. O motorista seguiu em direção a Santo André. Daí para frente ela não viu mais nada. Eles colocaram uma blusa em seu rosto, para que não visse para onde estava indo.

E. disse que só tiraram a blusa de sua cabeça ao chegar no local onde foi estuprada. A estudante, como as outras vítimas, disse que o local parecia um escritório. Quando percebeu que seria violentada, começou a chorar e recebeu um tapa no rosto. Ela foi estuprada pelos dois homens durante uma hora.

Depois, ela foi colocada de novo dentro do carro e deixada na rua José Bonifácio, em São Bernardo. Os maníacos falaram para ela não olhar para trás e, por isso, ela disse que não conseguiu anotar a placa do carro.

Descrição – Ela descreveu os estupradores como jovens de 20 a 25 anos. Um deles, segundo ela, é branco, com cerca de 1,70 m e cabelos castanhos escuros. O outro é moreno e magro, com cabelos lisos e curtos. Segundo o retrato falado da polícia, um dos estupradores seria loiro.

A delegada titular da Delegacia de Defesa da Mulher de São Bernardo, Ângela Ferreira Ballarini, fez diligências com a vítima, mas não quis divulgar o resultado para não “atrapalhar a investigação”. “Acreditamos que estamos perto de encontrá-los”, comentou Ballarini. A delegada acredita que a dupla seja a mesma em todos os casos.

Segundo a delegada, a estudante estava muito abalada, mas conseguiu fornecer informações detalhadas. “O ideal seria que as mulheres evitassem ficar sozinhas em pontos de ônibus”, recomendou.

A estudante é a sexta vítima de maníacos, que agem sempre em dois. Os ataques ocorrem desde o dia 2 de abril. As outras mulheres foram pegas nos bairros Demarchi e Baeta Neves, em São Bernardo; no Parque das Américas, em Mauá; e no Jardim Mirante e na Vila Caiçara, em Ribeirão Pires. Outras três vítimas acusaram um motorista de um Corsa claro, no Jardim Zaíra e no IV Centenário, em Mauá. A polícia não sabe se há uma ligação entre as duas séries.

Na noite desta segunda, a Polícia Civil realizou uma ronda para procurar carros semelhantes nas áreas onde as mulheres foram pegas pela dupla, em Mauá e Ribeirão Pires. “Infelizmente, eles agiram em outro lugar”, disse Ballarini.

Nesta terça, a mãe da estudante, M.T.R., estava indignada com o que aconteceu à filha. “É um absurdo, estou horrorizada. Não eram nem 19h.” Ela afirmou sempre ter se preocupado todas as vezes que uma de suas três filhas andam sozinhas. “Agora, o que preciso fazer é dar força a ela. Ela vai reagir, porque tem cabeça boa”, disse a mãe.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;