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O novo Memorial
Do Diário do Grande ABC
01/02/2016 | 08:47
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Artigo

O Memorial da América Latina entra em 2016 com expectativas otimistas, em grande parte devido aos bons resultados obtidos ao longo de 2015. A combinação de novo jeito de programar seus eventos, com a busca de recursos na iniciativa privada, foi determinante para ampliar a demanda de público. Em 2015, 622 mil pessoas visitaram o Memorial – aumento de 67% em relação a 2014. Já no primeiro mês de 2016, a programação que o Memorial passou a oferecer atraiu 118 mil pessoas apenas nos três dias de eventos em comemoração ao aniversário de São Paulo. Quem veio também aproveitou para conhecer o Pavilhão da Criatividade, o Salão de Atos, a Biblioteca Latino-Americana e também fazer imersão pela história na exposição de fotos que retrata a vida na União Soviética depois da guerra fria, que em um mês recebeu 12 mil visitantes.

A afluência desse extraordinário público à galeria de artes do Memorial, em megalópole com tantas e múltiplas ofertas de exposições, revela que projetos culturais desenvolvidos em parceria – nesse caso com o Museu Oscar Niemeyer, de Curitiba – podem ser bem-sucedidos. Além disso, são alternativa interessante para ambas as partes, especialmente nos tempos de crise que se avizinham no horizonte econômico do País. É importante deixar claro que enquanto busca parceiros em nichos do mercado que atuam nas áreas de cultura, entretenimento e gastronomia, a instituição se mantém fiel à sua missão precípua de agente de integração dos povos latino-americanos, desenvolvendo projetos acadêmicos como a Cátedra Unesco-Memorial e ampliando sua atuação junto às universidades paulistas.

Buscar novas fontes de recursos era imperativo diante das dificuldades advindas da queda na arrecadação própria, já que 80% eram receitas historicamente provenientes do Auditório Simón Bolívar. Com as parcerias, e rígido programa de economia interna, o Memorial registrou, em 2015, crescimento de 110% de receita própria em relação ao ano anterior.

Prenunciando crescimento mais rápido de ofertas e frequência, o restauro do Auditório Simón Bolívar caminha em ritmo acelerado e as obras da primeira etapa devem terminar no fim de maio. Restaurado, o auditório vai preservar a obra de Niemeyer e estará tecnicamente atualizado, dentro das mais modernas normas de segurança para o público. Simultaneamente, está em andamento a confecção da nova tapeçaria da artista Tomie Ohtake, parceria com duas empresas brasileiras e uma norte-americana. A obra, com supervisão do Instituto Tomie Ohtake, deverá ser finalizada a tempo de ser inaugurada com a reabertura do auditório.

João Batista de Andrade é cineasta, escritor e presidente da Fundação Memorial da América Latina.

Palavra do leitor

Sem direitos
Muito bem destacado por este Diário (Setecidades, ontem) o artigo 6º de nossa Constituição, que trata de nossos direitos sociais. Estamos próximos dos 30 anos desde a promulgação, em 1988, porém continuamos muito aquém das conquistas asseguradas. Ótimo exemplo foi demonstrado na reportagem sobre as 100.062 famílias carentes de moradia digna! Isso deve-se à política mesquinha que busca apenas atender seus próprios interesses. Lembro que a questão da moradia está absolutamente ligada à falha do poder público de nos entregar todos os demais direitos sociais! O momento pede representantes que trabalhem em prol dos interesses de todos, levem à frente com honestidade e seriedade projeto que tenha como base a Constituição. Senhores representantes, basta lerem os artigos 5º e 6º, levantar as mangas e entender que o seu único papel no poder é trabalhar pelo povo, fazer cumprir as normas! Que a soberania popular reflita sobre isso nas urnas!
Marcio Colombo
Santo André

Festival de mentiras
É engraçado ver o senhor Lula dizer que o PT vai ressurgir das cinzas. Mas, a cada dia, mais escândalos, mais envolvidos, mais irregularidades e novas decepções. Na campanha de 2002, o ex-presidente dizia que em seu palanque corrupto não subia e, em seu governo, corrupto não entrava. Renascer com esse currículo é meio difícil, não!? Caro senhor Lula, qual será a próxima mentira que inventará?
Maria das Graças Novais
São Bernardo

Casa da Esperança
Manifesto aqui meu sincero agradecimento a lugar mágico e abençoado: a Casa da Esperança, em Santo André. Em agosto, acidentei-me. Caí e fraturei a tíbia. Passei por cirurgia e praticamente fiquei dois meses sem andar. Confesso que pensei que nunca mais iria andar. Mas graças ao empenho e à dedicação dos fisioterapeutas recuperei-me. Tive de volta a minha mobilidade, mesmo com alguma dificuldade, mas isso é o de menos. Agradeço a todos, desde o rapaz do estacionamento, passando pelo pessoal da segurança, as recepcionistas até e principalmente a equipe do Matheus. Não vou citar nomes para não correr o risco de esquecer alguém. Meu sincero muito obrigado.
Ana Maria dos Reis
Santo André

Vacinação
Há alguns anos noto que a campanha de vacinação contra raiva está cada vez menor em São Bernardo. A ação, que historicamente ocorria em agosto, passou a ser realizada cada vez mais perto do fim do ano. Em 2015, não vi qualquer divulgação da Prefeitura a respeito da vacinação. Dia 29, liguei ao Centro de Zoonoses e fui informado de que não há vacinas disponíveis. Fui orientado a retornar nesta semana para verificar se há disponibilidade de vacinas. Com isso já podemos ver alguns efeitos da aprovação da PL 05/15, que, entre outros itens, desobrigava a Prefeitura a vacinar animais contra a raiva. Mas cá entre nós, prefeito que não tem sensibilidade nem com nossas crianças e permite corte de merenda não poderia ser diferente com os animais.
Rubens Pacheco
São Bernardo

Rolezinho
Excelente a reportagem neste Diário sobre os 44 dias de Raimundo Salles na Ásia (Política, dia 26). Faz-nos faz abrir os olhos e prestar mais atenção em quem votar, afinal, esse cidadão deve saber tudo sobre esse continente, mas, com certeza, não sabe nada sobre a cidade. Nunca o vi na periferia, por exemplo. Não conhece nossos problemas.
Elaide Pereira
Santo André

Investimentos
Calculo que o Brasil possui algo em torno de U$ 370 bilhões em reservas internacionais mofando nos porões de Brasília. Será necessário tanto dinheiro para esse fim? Ou seria melhor e mais útil para o País pegar parte dele e investir em crescimento e desenvolvimento e não deixá-lo ser desviado para outros fins, como estão acostumados a fazer? Se bem investido, não precisamos ficar com toda essa celeuma a respeito de aumento da carga tributária, que a sociedade brasileira já não aguenta mais, da recriação da morta e obsoleta CPMF, que teve dinheiro desviado para todo lado, menos para o objetivo para o qual foi criada, que era a área da Saúde, que, naquela época, já era calamidade e que se estende até os dias de hoje. Isso é uma vergonha. Mais dinheiro nas mãos desse governo é um risco. Vamos ficar de olho.
Mauri Fontes
Santo André

Nome de quem?
Pergunto ao doutor honoris causa de coisa nenhuma: Lula, os seus documentos pessoais como RG, título de eleitor, carteira de trabalho (?) etc estão em seu nome ou em nome de algum sócio de seu filho ou de funcionário de alguma empreiteira?
Nelson Mendes
São Bernardo

INSS
O descaso do INSS com os recém-nascidos chega a beirar o absurdo! Tenho uma empregada doméstica, registrada há 13 anos, pagando o INSS corretamente. Recentemente, ela ganhou bebê, e na hora de receber o salário-maternidade estivemos no INSS e foi agendado para ela voltar daqui a 120 dias. Até lá ela não vai receber R$ 0,01 do benefício, que é direito constitucional da criança. Nesse período, a mãe não pode trabalhar (a lei não permite) e não tem outro recurso. E daí? O bebê e a mãe morrem de fome? Até quando vamos sofrer com este sistema do governo federal, que tem dinheiro para o Bolsa Família, mas não o tem para quem trabalha e possui direitos constitucionais?
Antonio Lemos
São Bernardo
 




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