A empresa foi contratada para executar reformas e expansão da maternidade, berçário, lactário e centro cirúrgico do hospital. O centro cirúrgico e a maternidade deveriam receber nova pintura, reparos de piso e serviços de hidráulica e elétrica. O berçário teria sua capacidade de atendimento ampliada em dez leitos. Ao todo, seriam gastos R$ 344,7 mil, sendo R$ 189,9 mil para obras e R$ 154,8 mil para compra de equipamentos – verbas do Ministério da Saúde (85%) e do município (15%).
Segundo o secretário de Obras da cidade, Luiz Carlos Theophilo, quase nada foi feito e os 15% referentes ao trabalho realizado foram aferidos após duas verificações (a primeira, depois de 30 dias; a segunda, no fim do prazo previsto para entrega da obra). “A empreiteira não teve competência financeira e técnica para fazer as reformas. Logo no primeiro mês, vimos que apenas 10% do previsto estava feito. Isso é referente apenas à colocação de novo piso nas escadarias em frente ao hospital, demolições, revestimento de algumas paredes e serviços gerais, como impermeabilização”, disse.
O secretário afirmou que o contrato terminou e que nenhum pagamento foi efetuado à empreiteira. “A empresa tem de ter reserva de capital em caixa para executar a obra, pois a Prefeitura somente se compromete a pagar depois de cada mês. Como o pagamento só acontece após verificação, ficamos com o pé atrás e, após a segunda medição, ficou claro que contratamos a empreiteira errada. O dinheiro referente aos 15% será retido e descontado da multa que eles terão de pagar. Isso servirá como exemplo para nós”, disse.
A Prefeitura informou que a compra de equipamentos para o berçário não está incluída nessa verba – outro repasse do Ministério da Saúde foi destinado para esse fim. No entanto, não foi divulgado o que foi comprado. Uma ambulância UTI já foi adquirida, mas ainda não é utilizada porque houve devolução dos equipamentos de emergência, cujo pedido chegou equivocado à Prefeitura.
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