As obras foram paralisadas em abril deste ano por causa de problemas com a empreiteira contratada pela Prefeitura. A Secretaria de Obras informou que apresentará ainda neste mês a nova empreiteira, após longo processo de licitação.

Nesta quarta, os pais se pronunciaram na tribuna da Câmara, pedindo apoio aos vereadores. Segundo uma das mães, a dona de casa Maria da Conceição Silva de Almeida, 37 anos, que tem dois filhos estudando na Emeb, as obras já começaram com atraso, em dezembro e não em outubro conforme o previsto. “Começou, parou, foi retomada e parou de vez. Agora está tudo parado. Os blocos, cal e areia já foram roubados”, disse.

Em maio deste ano, com as obras paradas, os pais procuraram o secretário de Obras, Otávio Manente. A explicação da secretaria, segundo eles, foi a de que a construtora contratada pela Prefeitura, a Di Jacintho, abandonou as obras e que uma nova empresa seria contratada para dar continuidade às obras. “Nesta reunião ele nos garantiu que em 15 dias, se a empresa não entrasse com recurso, eles contratariam a nova empreiteira. Mas até hoje nada”, afirmou a dona de casa Maria Aparecida de Souza, 38 anos.

Nesta quarta, o local continuava abandonado. Na área onde está sendo construída a nova Emeb, há apenas o alicerce, com vigas enferrujadas. A obra foi orçada em R$ 1.053.747.83, e começou em dezembro de 2002, com previsão de término de 120 dias, como mostra a placa da Prefeitura no local.

Segundo o secretário de Obras da cidade, Otávio Manente, ainda neste mês a secretaria irá convocar uma reunião com os pais para apresentar a nova empreiteira que irá finalizar a construção da Emeb Parque Estoril. Mas não é possível ainda afirmar quando as obras irão recomeçar, muito menos quando serão finalizadas, o que será acertado com a empresa. “Entendemos a ansiedade da população e lamentamos o transtorno, mas a Prefeitura também foi vítima porque esta empresa abandonou as obras”, disse.

A demora na contratação de uma nova empreiteira, afirmou Manente, ocorreu por causa das “inúmeras” exigências que a lei federal de licitação prevê. “Não é simplesmente extinguir o contrato e contratar outra empresa. Fomos obrigados a seguir os critérios de acordo com a Procuradoria-Geral do Município para fazer a rescisão”, disse.

Segundo o secretário, não houve prejuízo financeiro de dinheiro público porque o pagamento era feito aos poucos e a nova empresa receberá a partir do ponto onde a antiga parou. “Aquela obra não está perdida e o material que seria furtado foi em pequena quantidade”, disse. Segundo o secretário, a Di Jacintho era responsável por outras duas escolas: a Terra Nova 2 e a Jardim Telma, que também terão novas empreiteiras que continuarão o projeto.