Acidentes nas rodovias Anchieta e Imigrantes
registraram 71 óbitos em 2015 e 102 em 2014
O SAI (Sistema Anchieta-Imigrantes) teve queda de mortes e acidentes automobilísticos em 2015. De acordo com dados da Ecovias, concessionária que administra as estradas, foram registradas 71 vítimas fatais no ano passado, número 30,39% menor do que os 102 casos contabilizados em 2014.
Já em relação ao número de acidentes, houve queda de 10,68%. Foram 4.532 ocorrências nas estradas que levam ao Litoral paulista de janeiro a dezembro de 2015, contra 5.074 registros no mesmo período de 2014. Segundo a Ecovias, os dados do ano passado correspondem ao menor índice desde o início da concessão do sistema, em 1998.
Para o coordenador de tráfego da concessionária, Danyel Nunes, a queda nos índices pode ser atribuída a ações da Ecovias que “têm se empenhado constantemente na redução de acidentes.”
Um exemplo citado para tal feito foi a intensificação do PRA (Programa de Redução de Acidentes). Formado por profissionais das áreas de engenharia, tráfego, comunicação, sustentabilidade e atendimento ao usuário, o programa é uma das principais ferramentas da concessionária para realizar ações preventivas, educativas e de melhorias de infraestrutura nas rodovias do SAI.
“As campanhas de educação para o trânsito são pautas constantes nas reuniões desse grupo, que desenvolve ações específicas voltadas aos pedestres, motoristas de veículos leves e pesados, motociclistas e a garotada das comunidades lindeiras ao SAI. Um exemplo é programa De Bem Com a Via, que já atingiu 43 mil pessoas – crianças, adolescentes e adultos – desde a sua criação, em 2008”, relata Nunes.
Como consequência das ações, o número de feridos em acidentes teve, ao longo do último ano, queda de 10,38%. Foram 1.994 em 2014 e 1.787 em 2015.
CAUTELA
Apesar da redução na quantidade de mortes e acidentes no SAI, o professor de Engenharia da FEI (Fundação Educacional Inaciana) Creso Peixoto, especialista em Transportes, aponta que ainda é possível alcançar resultados melhores. “Se formos analisar a quantidade de vítimas fatais em Londres (Inglaterra) ou Florença (Itália), os casos não ultrapassam um dígito por ano, pois os órgãos públicos visam muito a educação no trânsito. O Brasil precisa se empenhar nisso.”
Segundo Peixoto, exemplo nacional simples, mas que apresentou resultados positivos, foi o modelo de radar adotado em Santa Catarina. “Lá, os aparelhos se chamam ‘salva-vidas’, portanto, quando o motorista está próximo de algum equipamento e lê a mensagem, ele sabe que a finalidade do radar é proteger sua integridade física e redobra o cuidado.”
Polícia Rodoviária e Ecovias mantêm ações conjuntas de prevenção
De acordo com o tenente-coronel Carlos Alberto dos Santos, responsável pelo 1º BPRv (Batalhão de Policiamento Rodoviário), os resultados apresentados ao longo de 2015 são fruto da parceria feita entre a Ecovias, concessionária que administra o SAI (Sistema Anchieta-Imigrantes), e a polícia. “Ano passado, realizamos reuniões mensais para debater quais eram as prioridades dos dois órgãos e fizemos análise dos números. Isso, na prática, acabou resultando em índices positivos, como a queda de acidentes.”
Segundo Santos, o aumento de radares e a intensificação de ações da Polícia Rodoviária também são fatores a serem considerados. “Durante a semana, tivemos mais policiamento, o que gerou mais segurança para o usuário do sistema.”
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