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Davi e Maria são preferência no registro de bebês na região

Pelo segundo ano consecutivo, nomes foram
os mais escolhidos para os filhos durante 2015

Vanessa de Oliveira
Do Diário do Grande ABC
04/01/2016 | 07:00
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Celso Luiz/DGABC


Eles já são os mais escolhidos no Grande ABC por dois anos consecutivos. Os nomes Davi e Maria foram os preferidos por pais da região no momento do registro de nascimento de seus filhos em 2014 e 2015. A informação integra levantamento da Arpen-SP (Associação dos Registradores de Pessoas Naturais do Estado de São Paulo) junto aos 836 cartórios paulistas.

Em 2015, nasceram 1.231 Davis e 1.187 Marias entre as sete cidades. Um ano antes, foram 1.172 e 1.042, respectivamente. Em todo o Estado, a ala feminina foi maior: vieram ao mundo 26.909 Marias e 20.642 Davis.

São Bernardo foi a cidade onde houve mais registros de Davi no Grande ABC: 376, dez a mais do que em Santo André. Um destes 366 andreenses nasceu no dia 30 de julho e mora na Vila Helena. A mãe, a psicóloga Camila Campos Tinoco Fattori, 31 anos, revela que já tinha o nome definido desde a primeira gestação, que foi de uma menina, chamada Amanda. “Quando fiquei grávida pela primeira vez, sonhei que era um menino e já comecei a chamar de Davi, era um nome que eu achava bonito. O bebê mexia e eu achava que estava reconhecendo o nome, mas na verdade, estava esperando uma menina. Acho que ela mexia tanto para me avisar isso”, conta, aos risos. Cinco anos depois, veio o menino, já predestinado a ser Davi.

Nomes que soam bonitos, de fácil pronúncia ou que carregam algum significado importante estão entre os principais motivos para a escolha dos pais. Além disso, fatores demográficos e socioculturais, como religião, programas de TV e personalidades da mídia podem influenciar na decisão. 

Camila fala que não houve um motivo em especial que a fizesse escolher por Davi, mas acredita que a popularização do nome pode estar associada à nomenclatura, que em hebraico significa querido e amado, e também à relação com o personagem bíblico, considerado o maior rei de Israel. “Muitas pessoas associam com a Bíblia, pois é uma figura especial, o nome forte de um rei, então, imagino que seja por conta disso que há tantos registros.”

No terceiro lugar do ranking regional de 2015 aparece Miguel, com 1.032 registros, subindo uma posição em relação ao levantamento do ano anterior. Já Ana vem na quarta posição com 948 registros; Arthur, em quinto (870), seguido por Pedro (761), João (634), Enzo (630), Sophia (581) e Alice (557).

INFLUÊNCIA

A oficial de registro civil Raquel Silva Cunha Brunetto acredita que a volta de nomes mais tradicionais à moda seja influenciada pelas celebridades. “Começamos a perceber que esses nomes voltaram depois que alguns artistas colocaram em seus filhos”, diz ela, dando como exemplo a cantora Claudia Leitte, que em 2009 deu ao seu primeiro filho o nome de Davi, e o jogador de futebol Neymar, que batizou de Davi Lucca o herdeiro nascido em 2011. Aliás, a Arpen-SP contabilizou pela primeira vez os nomes compostos e, no ranking dos dez mais colocados, Davi Lucca ocupa a sétima posição, com 129 registros. Em primeiro e segundo lugares estão Pedro Henrique e Ana Clara com 346 e 246 registros, respectivamente.




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