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Forró invade avenida de Santo André
Bruna Gonçalves
Do Diário do Grande ABC
25/02/2011 | 07:14
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Corrida contra o tempo. É assim que a Mocidade Fantástica de Vila Alice, campeã do grupo de acesso ano passado, trabalha para colocar a escola na avenida.

Para o presidente da escola, Gian Nunes de Oliveira, 31 anos, a responsabilidade é grande, mas vale o sacrifício. "É satisfatório ver todos animados antes de entrar na avenida. É aí que vemos o quanto valeu a pena fazer o Carnaval", admite.

Oliveira ressalta que as fantasias estão praticamente prontas, o que falta são os carros alegóricos. "Trabalhamos com dois turnos, de dia e a noite, para finalizarmos tudo", explica.

Neste ano, a escola abre o desfile no dia 6, às 20h, no Espaço Pirelli (Avenida Giovanni Batista Pirelli, próximo ao Carrefour) e traz para a avenida o enredo No Bailão Popular do Arrasta pé, Meu Nordeste é Puro Forró.

O tema pretende mostrar a história do ritmo que ‘invadiu' a metrópole, assim como o próprio povo nordestino.

"A ideia surgiu da comunidade que acolhe muitas pessoas que vêm do Nordeste. Já que é ela que nos dá força para colocar o Carnaval na avenida, vamos falar sobre o ritmo, que é muito tocado", conta Oliveira.

Segundo o presidente, a maioria das pessoas que desfilam é da comunidade. "Moradores da Tamarutaca, Sacadura Cabral, Vila Palmares, Vila Guiomar e Bom Pastor sempre estão nos apoiando."

Quando o assunto é dinheiro, a tesoureira da escola, Roseli Apolinário da Silva Vieira Santos, 44, é quem responde. "É uma função que requer muita responsabilidade, temos de prestar contas para a liga e nos virar com o dinheiro que é repassado (R$ 24 mil) e ainda bancar o excedente, que deve chegar a R$ 8.000."

COLABORAÇÃO
Contar com bons amigos, como o controlador de acesso Edson dos Santos, 40, é sempre importante quando se pensa em cortar gastos.

Santos, que já cantou na escola em 2000 e 2001, transformou um espaço da sua casa em ateliê. "São sete meninas que trabalham nas fantasias desde dezembro. É bom saber que ajudo a reduzir as despesas", diz Santos, que também auxilia escolas de São Bernardo.

Sobre a responsabilidade de cantar por mais de uma hora na avenida, Santos admite que as aulas de canto dão uma mãozinha. "Já tinha facilidade e as aulas, com os aquecimentos, acabam ajudando", afirma.

Secretária da escola está no samba desde os 8 anos 

"Para quem não entende o Carnaval é apenas uma data festiva e feriado, mas para outros, como eu, é a segunda casa, é um carinho e sofrimento para que dê tudo certo", revela a secretária da escola, Jucélia Maria da Conceição, 29 anos, que já fez parte da bateria da agremiação.

Jucélia começou quando tinha apenas 8 anos e, desde então, sua família toda está envolvida.

"A escola é uma família. Tenho irmã que é uma das baianas, sobrinho que é intérprete e ritmista. Todos estão juntos", afirma.

Atualmente, Jucélia é responsável pela parte burocrática da escola, mas também contribui no barracão. "Quando você passa a conviver com o Carnaval, tem que ter dedicação", afirma.

ALAS
A Vila Alice virá com 500 componentes em dez alas e três carros alegóricos. A escola conta com 50 pessoas na bateria e um casal de porta-bandeira e mestre-sala.




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