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Artesanato fortalece economia de Rio Grande
Verônica Lima
Do Diário do Grande ABC
29/06/2008 | 07:09
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Vitrine de Rio Grande da Serra, o setor de artesanato move a economia da cidade, que é rica em matérias-primas e conta com mãos habilidosas para transformar técnicas artesanais em um complemento da renda familiar.

Segundo o Secretário de Desenvolvimento Econômico e Turístico de Rio Grande da Serra, José Gilvan Mendonça da Cunha, essa foi a alternativa que o município encontrou para driblar as restrições da lei de Proteção aos Mananciais, que impedem o Município de apoiar seu desenvolvimento no setor industrial como as outras cidades do Grande ABC.

Para incrementar essa arte, o Sebrae-SP (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de São Paulo) está orientando as artesãs da cidade, que sonham em ter uma cooperativa ou associação para fortalecer o negócio.

"Estamos apoiando a vocação desses batalhadores, oferecendo capacitação e mostrando as tendências de mercado, com o objetivo de aprimorar o trabalho e, futuramente, transformar o grupo em uma associação ou cooperativa", explica a analista do escritório regional do Sebrae no Grande ABC, Irina Freire.

É exatamente esse o sonho dos artesãos de Rio Grande da Serra: montar um negócio conjunto, que permita comprar matéria-prima e insumos a custos mais baixos, para oferecer o preço melhor e ganhar competitividade nesse mercado.

"Sonho em ter um negócio maior para conquistar mais clientes e melhorar o rendimento da minha família", relata a artesã de decoupage (técnica de colagens) em MDF (madeira industrializada), Jussara dos Santos Menezes, que consegue ganhar cerca de R$ 300 ao mês.

O mesmo objetivo é partilhado pela artesã Maria José dos Santos Souza, 56 anos, que produz bijuteria com sementes colhidas na cidade.

"Vou buscar sementes, como as de rosário, próximo à linha da estação de Rio Grande da Serra, mas também compro algumas espécies nas lojas que vendem peças para bijuterias da Rua 25 de Março, em São Paulo", conta Maria. Quando visita outras regiões, a artesã está sempre atenta à possibilidade de conseguir sementes exóticas, para produzir peças exclusivas.

A matéria-prima utilizada pela artista Margareth Kajiyama é o papel de fibra de bananeira. "Trabalho com um grupo de seis pessoas, que fazem embalagens e sacolas. Já comercializamos sacolas até para um cliente da Itália. Daqui seis meses, quero ter uma micro empresa", diz Margareth.




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