Desde 2010, quando Marilson Gomes dos Santos, da BM&FBovespa/São Caetano, cruzou a linha de chegada na primeira posição a São Silvestre não vê um brasileiro no lugar mais alto do pódio. Os africanos dominaram a disputa e não deram mais chances aos anfitriões. Hoje, a partir das 9h, na Avenida Paulista, os donos da casa têm outra oportunidade de desbancar os estrangeiros.

Os principais brasileiros na disputa são Giovani dos Santos e Solonei da Silva, mas Wagner da Silva Noronha e Damião dos Santos também têm boas chances. Eles terão a missão de neutralizar o etíope Dawit Admasu, campeão da prova em 2014, e o queniano Stanley Biwott, campeão da Maratona de Nova York desta temporada.

Se no masculino existe a expectativa de quebrar jejum de títulos nacionais, apesar das dificuldades, no feminino a situação é pior e as chances são mais remotas. Em 40 edições para as mulheres, apenas cinco vezes o Brasil subiu ao lugar mais alto do pódio: com Carmem Oliveira (1995), Roseli Machado (1996), Maria Zeferina Baldaia (2001), Marizete Rezende (2002) e Lucélia Peres (2006).

Quem vai defender o título é a etíope Ymer Ayalew, que venceu a prova também em 2008. “Quero ganhar novamente aqui no Brasil. Respeito as minhas adversárias, mas quero vencer e vou fazer de tudo para conseguir isso. Tenho boas lembranças do Brasil, onde sempre fui bem recebida. Adoro competir aqui e espero contar com a torcida novamente”, disse.

Sua principal adversária é a queniana Maurine Kipchumba, que venceu a São Silvestre em 2012. “Estou com boas expectativas. Me sinto bem fisicamente, mas sei que numa prova dessas tudo pode acontecer. Vai depender um pouco das condições climáticas, mas vou tentar me concentrar somente na minha corrida”, disse.

A principal esperança brasileira atende pelo nome de Joziane Cardozo, melhor do País na edição do ano passado, com um oitavo lugar.