Duas cidades investigam ligação de oito ocorrências a zika vírus, porém, Secretaria Estadual de Saúde não as contabiliza em suas averiguações
Embora duas cidades da região declarem que oito casos de microcefalia estão sendo investigados para saber se há relação com o zika vírus (seis em Diadema e dois em Santo André), a Secretaria Estadual de Saúde não os contabiliza nas análises em andamento. No Estado, são cinco casos autóctones em investigação (em Campinas, Guarulhos, Mogi-Guaçu, Ribeirão Preto e Sumaré) e um sexto (São Paulo) com histórico de viagem ao Nordeste.
De acordo com a Pasta, os requisitos clínicos necessários para definição de caso ligado a infecção por zika são mulheres que apresentaram manchas avermelhadas pelo corpo durante a gestação e tiveram exames negativos para rubéola, toxoplasmose, sífilis, herpes e citomegalovírus, além de calcificação no cérebro dos bebês.
A Pasta afirma que, desde o dia 17 de novembro, as cidades paulistas notificaram ao Estado 46 casos suspeitos de microcefalia. “Diadema notificou seis casos; São Bernardo, outros quatro, via central de informações do CVE (Centro de Vigilância Epidemiológica) do Estado; e Mauá, um caso em agosto, via sistema de informações sobre nascidos vivos, mas nenhum se enquadra no critério estabelecido”, disse, em nota, acrescentando: “Não consta em nossos registros nenhuma notificação feita por Santo André.”
Cria-se uma contradição a partir daí: a Secretaria de Saúde andreense garante que informou o Estado sobre as duas notificações, via Gerência de Vigilância Epidemiológica 7 – regional do Grande ABC. “Os casos são importados”, destacou a Pasta municipal.
Já São Bernardo esclareceu que não há quatro casos de microcefalia no município. “A partir da nota mencionada pelo Diário, a Secretaria questionou o CVE, o qual afirmou que esses dados não constam de seu acervo”, disse a administração municipal.
Diadema informou que, até o momento, “nenhum dos seis casos foi associado ao vírus.”
Mauá declarou que a ocorrência no município tem característica de má-formação, descartando a relação com o zika.
São Caetano terá Patrulha contra dengue
A Prefeitura de São Caetano lançará amanhã, no Palácio da Cerâmica, ação de combate ao mosquito Aedes aegypit, a Patrulha contra a Dengue.
Por meio do telefone 4238-8170, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, moradores poderão registrar queixas de foco do inseto, que serão verificadas.
No dia 9, o Executivo instituiu decreto que permite ações de polícia administrativa em imóveis onde houver dificuldade de fiscalização, baseado em código sanitário estadual.“Se o local estiver abandonado, colocaremos auto de infração para que o proprietário entre em contato em 24 horas. Não tendo retorno, voltamos com a GCM (Guarda Civil Municipal) e, ainda não resolvendo, chamaremos chaveiro e o dono será multado”, explicou o diretor do Centro Integrado de Vigilância à Saúde da cidade, Caio Williams Castro Júnior.
O valor da punição pode ir de R$ 212 a R$ 212 mil. Em casos de recusa do proprietário à fiscalização, o Poder Judiciário poderá ser acionado para realizar entrada compulsória.
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