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Estado e região não se entendem sobre casos de microcefalia

Duas cidades investigam ligação de oito ocorrências a zika vírus, porém, Secretaria Estadual de Saúde não as contabiliza em suas averiguações

Vanessa de Oliveira
do Diário do Grande ABC
21/12/2015 | 07:07
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Marina Brandão/DGABC


Embora duas cidades da região declarem que oito casos de microcefalia estão sendo investigados para saber se há relação com o zika vírus (seis em Diadema e dois em Santo André), a Secretaria Estadual de Saúde não os contabiliza nas análises em andamento. No Estado, são cinco casos autóctones em investigação (em Campinas, Guarulhos, Mogi-Guaçu, Ribeirão Preto e Sumaré) e um sexto (São Paulo) com histórico de viagem ao Nordeste.

De acordo com a Pasta, os requisitos clínicos necessários para definição de caso ligado a infecção por zika são mulheres que apresentaram manchas avermelhadas pelo corpo durante a gestação e tiveram exames negativos para rubéola, toxoplasmose, sífilis, herpes e citomegalovírus, além de calcificação no cérebro dos bebês.

A Pasta afirma que, desde o dia 17 de novembro, as cidades paulistas notificaram ao Estado 46 casos suspeitos de microcefalia. “Diadema notificou seis casos; São Bernardo, outros quatro, via central de informações do CVE (Centro de Vigilância Epidemiológica) do Estado; e Mauá, um caso em agosto, via sistema de informações sobre nascidos vivos, mas nenhum se enquadra no critério estabelecido”, disse, em nota, acrescentando: “Não consta em nossos registros nenhuma notificação feita por Santo André.”

Cria-se uma contradição a partir daí: a Secretaria de Saúde andreense garante que informou o Estado sobre as duas notificações, via Gerência de Vigilância Epidemiológica 7 – regional do Grande ABC. “Os casos são importados”, destacou a Pasta municipal.

Já São Bernardo esclareceu que não há quatro casos de microcefalia no município. “A partir da nota mencionada pelo Diário, a Secretaria questionou o CVE, o qual afirmou que esses dados não constam de seu acervo”, disse a administração municipal.

Diadema informou que, até o momento, “nenhum dos seis casos foi associado ao vírus.”

Mauá declarou que a ocorrência no município tem característica de má-formação, descartando a relação com o zika.

São Caetano terá Patrulha contra dengue

A Prefeitura de São Caetano lançará amanhã, no Palácio da Cerâmica, ação de combate ao mosquito Aedes aegypit, a Patrulha contra a Dengue.

Por meio do telefone 4238-8170, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, moradores poderão registrar queixas de foco do inseto, que serão verificadas.

No dia 9, o Executivo instituiu decreto que permite ações de polícia administrativa em imóveis onde houver dificuldade de fiscalização, baseado em código sanitário estadual.“Se o local estiver abandonado, colocaremos auto de infração para que o proprietário entre em contato em 24 horas. Não tendo retorno, voltamos com a GCM (Guarda Civil Municipal) e, ainda não resolvendo, chamaremos chaveiro e o dono será multado”, explicou o diretor do Centro Integrado de Vigilância à Saúde da cidade, Caio Williams Castro Júnior.

O valor da punição pode ir de R$ 212 a R$ 212 mil. Em casos de recusa do proprietário à fiscalização, o Poder Judiciário poderá ser acionado para realizar entrada compulsória. 




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