Artigo

Professor diante de 40 alunos acomodados em carteiras organizadas em fileiras, preparados para aula que será palestra de uma hora ou mais. Muitas vezes, no mesmo cenário, quadro-negro repleto de lições, teorias e teoremas que muito amedrontam e nada esclarecem. Quem tem mais de 20 anos lembra-se ‘dessa’ sala de aula. A boa notícia é que tal realidade tem permanecido, cada vez mais, apenas no passado. Nota-se que ainda há certa resistência por parte de alguns gestores em deixar de lado as tradicionais aulas expositivas, e fazer com que o aluno seja o centro do processo de aprendizagem por meio das metodologias ativas. O procedimento pode ser aplicado em diversas instituições de ensino desde a Educação Infantil até o Ensino Superior, com alternativas metodológicas – ativas, significativas e mobilizadoras – para que o professor possa ‘fazer a aula’ com seus alunos, tornando-a espaço de trabalho, de protagonismo de educador e educando.

Aulas não podem ser momentos – apenas – para a ‘locução’ de informações, mas espaços que busquem o maior desenvolvimento possível dos alunos, de suas habilidades, de suas múltiplas competências. E tais objetivos exigem metodologias e tecnologias de aprendizagem modernas e dinâmicas.

A nova geração de estudantes, e as demais que irão sucedê-la, é antenada e vive conectada a diversos acontecimentos. Além disso, realiza diferentes tarefas, e de forma simultânea, mobilizando informação adquirida em muitas áreas de saber para que possa executar o que deseja com êxito: relacionar-se com as pessoas, tomar decisões, prestar serviços, gerar renda, empreender e muitas outras ações. Por isso, a construção do conhecimento deve ser revisitada, para que possamos atender a essas expectativas. Experiências inovadoras de aprendizagem já vêm sendo utilizadas em vários outros lugares no mundo. Harvard, MIT, Universidade de Boston, Stanford, UC Texas, além de muitas outras instituições de Ensino Básico (Fundamental e Médio), as inseriram em seu cotidiano pedagógico, com ótimos resultados.

Essa efetiva experiência com metodologias ativas, nas salas de aula dos Ensinos Superior e Médio, confirma ser necessária mudança da atitude docente, de suas práticas pedagógicas, em vista das novas variáveis presentes no século 21 numa Educação de qualidade. E, sem dúvida, considerar o docente peça essencial em qualquer mudança que se proponha para a sala de aula. O professor é a liderança sem a qual não se operam transformações e seu maior desafio é fazer com que as novas oportunidades metodológicas resultem em aprendizagem significativa, fruto da experiência e reflexão do aluno.

Antonio Sávio da Silva Pinto é doutorando em inovação em educação em engenharia pela Unesp de Guaratinguetá, Interior, e CEO fundador da empresa Mestra Educacional.<EM>

Palavra do leitor

Boas-Festas
O Diário recebeu e retribui votos de Boas-Festas a Grupo Sada; Edson Luiz Pereira; Edson Nissiuti; Câmara Municipal de São Bernardo; Grand Plaza Shopping; Luiz Prado; Marcia Pacheco; Luiz Monteiro; Daniel Sanches; vereador de São Bernardo Juarez Tudo Azul e Família; HM Indústria Gráfica e Editora; Mondial.

Samuel Aizemberg
A Prefeitura de São Bernardo continua a fazer propaganda (e o contribuinte paga) de como é bom de viver na cidade, que tem obras nunca acabadas e pessimamente planejadas e que complicam o trânsito no Centro e outros bairros. Verdadeira vergonha para a cidade é a Estrada Samuel Aizemberg! Depois de deixar a Castelo Branco entra-se em uma coisa que carrega o nome de Estrada Samuel Aizemberg, onde falta asfalto, mas sobram buracos e há filas quilométricas em direção à zona industrial e à Imigrantes, em direção a São Paulo e Santos. A Prefeitura já calculou o custo dos feriados municipais, mas nunca o custo dessa via, que ainda tem lombadas fora do padrão, indicação horizontal inexistente, cruzamentos mal indicados, semáforos incompreensíveis e pista mal iluminado. As calçadas também sumiram. Mas, claro, dentro de cinco anos outra pista vais ser construída e será de novo mais uma obra inacabada!
Serge R. Vandevelde
São Bernardo

Tachões
Parabenizo os responsáveis por afixar os tachões que delimitam o espaço de bicicletas na ciclovia da Avenida Capitão Mário Toledo de Camargo, em Santo André. Não fizeram a medição correta e colocaram um a mais, o que faz com que os motoristas, ao entrarem nas ruas em ambos os lados da via, tenham de fazer a curva bem aberta, o que pode causar colisões com os veículos que vêm na outra mão.
Elaide Pereira
Santo André

Esculhambo
O que esperar do governo Dilma Rousseff, no qual seu líder no Senado, Delcídio do Amaral, está preso e o líder na Câmara dos Deputados, José Guimarães, já teve como assessor direto sujeito flagrado com dólares na cueca? Ainda, os dois últimos tesoureiros do partido estão presos, foi governo eleito com as mais deslavadas mentiras no último pleito, houve as pedaladas fiscais e tem seu criador, mentor e guru e familiares envolvidos até o pescoço em denúncias e investigações feitas pela Justiça. O que dizermos também de sua capacidade intelectual demonstrada nos episódios sobre a tecnologia para estocagem do vento, da saudação à mandioca, de dobrar meta de meta inexistente, da mulher sapiens e por aí afora? O mínimo que ela poderia fazer neste momento, não fosse a arrogância, seria pedir desculpas à Nação e se retirar. Que possamos acordar logo do pesadelo que estamos vivendo, seja por meio da renúncia, o que seria melhor para todos, ou pelo impeachment, que é processo legítimo, previsto em lei, porém mais lento e doloroso.
Mauri Fontes
Santo André

São Judas
É com tristeza que leio em nosso Diário o anúncio do fechamento do Restaurante São Judas após 66 anos de existência e que fica em São Bernardo (Setecidades, dia 9), minado por Lula e pelo petismo. Quantos não foram os petistas – e integrantes de outros partidos, e até sem partidos – que passaram por lá para almoçar ou jantar com a família, clientes, amigos e outros? Não estou aqui fazendo-me de ‘dodoizinho antiPT’ ou querendo convocá-los ao enterro do São Judas nem pertenço ou simpatizo-me com golpe de quem quer que seja, pois, se é golpe, não tem escrúpulos para ser brasileiro ou dignidade para amar o Brasil. Na mesma edição, li que a Gráfica Prol de Diadema, após demitir 365 funcionários, precisará vender máquina de R$ 8 milhões, para honrar compromissos que essas demissões geram (Economia). Sem contar que a gráfica encontra-se em recuperação judicial. Ambas unem-se a 34 mil empresas que foram fechadas desde o começo da gestão da ‘presidentona’ Dilma. Espero que Lula escreva neste ano cartinhas para as crianças desses funcionários demitidos dizendo que o Papai Noel vai viajar antes do Natal!
Cecél Garcia
Santo André

Tropa de choque
Paulinho da Força (SD), esquema de desvios de recursos do BNDS em 2006 e irregularidades em projeto de assentamento de 72 famílias de trabalhadores rurais, além de obras superfaturadas. Manoel Junio (PMDB), escândalo das passagens aéreas. Arthur Lira (PP), esquema de desvio de dinheiro. André Cunha (PSC), apropriação indevida e desvio de bens públicos. Todos esses senhores tentam de alguma maneira blindar Eduardo Cunha de possível processo de cassação, onde seu nome aparece envolvido em corrupção e por ter mentido na CPI da Petrobras. São esses homens que se sentem no direito de julgar e pedir o impeachment? Se for ouvido o argumento deles, com toda certeza nosso País precisa realmente se reciclar. Será preciso entender qual tipo de política e governo esperamos para nossa Nação e qual Justiça queremos. Mas não se pode aceitar que bando de corruptos mude toda história de um povo que foi às ruas clamando por democracia e voto direto, e por meio dele fez sua escolha. Isso seria total retrocesso na política brasileira.
Eliete Gebara
Santo André