Palavra do Leitor Titulo Artigo
A saúde da nossa Educação
Do Diário do Grande ABC
07/12/2015 | 08:31
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Artigo

Não se pode cair no risco da generalização na hora de criticar. É comum reportagens na TV mostrarem os problemas na formação dos futuros médicos em faculdades particulares. As críticas são feitas no âmbito do programa Mais Médicos, mas é preciso ressalvas. As faculdades recém-inauguradas têm problemas, algumas previstas para abrir as portas deveriam ser repensadas, só que a questão principal a ser enfrentada é a qualidade da Educação na formação de futuros médicos.

A ideia de abrir cursos de Medicina no interior como estratégia para fixar esses médicos onde não há, ou há poucos, é ilusória. Para se formar médico com qualidade devemos oferecer ao estudante estrutura e bons serviços para praticar. Defendo a ênfase da formação nos serviços do SUS, mas não podemos ser ingênuos quanto à qualidade – muito discutível – de inúmeros serviços dessa rede. Principalmente em pequenos centros urbanos. No interior do País nem se fala, o quadro é uma temeridade. Serviços sucateados, sem resolutividade e de baixa qualidade. Como formar então médico de qualidade nesses serviços? Se até hoje os serviços não receberam os devidos investimentos para promover atenção à Saúde da população dignamente, como será isso a partir de agora?

A realidade não é ficção e não podemos iludir a população. O médico naturalmente irá procurar melhores serviços para exercer sua profissão de forma decente e promissora. Ele não vai se fixar em um lugar só porque estudou ali se depois os serviços disponíveis não atenderem à sua perspectiva de carreira profissional. Com certeza, ele correrá para centros urbanos de maior porte e lá irá ficar. A qualidade da Educação é o diagnóstico e o remédio, ao mesmo tempo. A cura dos problemas do País passa pela sala de aula, da alfabetização à faculdade, e também pela sala de casa, com os pais de olho nos bons exemplos a serem seguidos pelos filhos. Se as lições de ética não começam cedo como reclamar da corrupção do vizinho?

Em Petrópolis, no Rio, há acadêmicos de Medicina estagiando com orientação em cenários próprios da prática médica, com unidades vinculadas ao SUS e próximas ao campus. Os avanços na pesquisa também são acompanhados de perto. Esse trabalho não é exceção, há outros bons exemplos pelo País. Por isso, a regra não pode ser a crítica que generaliza, colocando todas as faculdades particulares no mesmo nível crítico. A saúde do ensino, particular e público, é de interesse de todos. Por isso, é bem-vinda a orientação dos ministérios da Saúde e da Educação de acompanharem mais de perto a qualidade do que se aprende nas faculdades de Medicina. Da nossa parte, como médicos e professores, continuaremos nos esforçando para transmitir conhecimentos e boas ações.

Paulo K. de Sá é médico e coordenador do curso da Faculdade de Medicina de Petrópolis.

Palavra do leitor

Para onde vamos?
A que triste episódio assistimos semana passada proporcionado por dois ocupantes dos mais altos cargos públicos brasileiros. Nada mais, nada menos que a presidente da República e o mandatário da Câmara dos Deputados acusando-se mutuamente de mentirosos e outros adjetivos em rede nacional. Todos sabemos que ambos têm pesadas acusações em seus ombros que precisam e devem ser investigadas até o fim, com as devidas consequências. Isso nos remete aos tempos de criança, quando formávamos times das ruas de cima e de baixo onde esse tipo de briguinha sempre existia. Causa-nos indignação que pessoas públicas dos mais altos cargos da República se comportem dessa maneira e deem esse tipo de exemplo para a sociedade. Para onde estamos indo?
Mauri Fontes
Santo André

Lesa-Pátria
Há muita corrupção e impunidade nesta democracia. Os canalhas lesa-Pátria escolhem advogados que, como seus clientes, não mostram compromisso algum com a decência, a Justiça ou amor pelo Brasil. Sem pudor e escrúpulo usam as imorais brechas propositadamente mantidas na lei para beneficiá-los. Os incontáveis recursos e a lerdeza da Justiça são absurdo. Imorais! As excelências de Brasília envolvidas em corrupção e com contas no Exterior querem Brasil melhor? Claro que não! São egoístas demais, vão cair fora e se beneficiar de tudo que aprontaram aqui. O ex-presidente da Fifa, que diante das câmeras garfou medalha, é o exemplo da ‘esperteza’ deles e de como não funciona nossa Justiça. Como muitos, deitou e rolou à vontade durante anos sem ser incomodado. Na Suíça foi em cana rapidinho e, agora, está preso nos Estados Unidos, vergonhosamente para nós, em seu luxuoso apartamento adquirido nos bons tempos como político impune.
Nilson Martins Altran
São Caetano

Muito ruim
O momento atual do Brasil é medonho. É tanta coisa ruim e negativa que efetivamente não dá para descrever tudo! E vamos jogar toda a culpa pelo estado das coisas nas costas dos nossos políticos governantes? Claro que não! Se cada pessoa fizer a sua parte vai melhorar. No tempo dos militares a classe mais atingida era a dos artistas e intelectuais. Hoje não. É toda população. Dizem que o País está entregue à própria sorte e, claro, a nossa querida e amada Santo André também. Este ano foi além de ruim, muito triste. Acho que devemos aguardar 2016 ainda pior. Quantos anos ruins ainda teremos pela frente? É de amargar!
Edson Rodrigues
Santo André

Acento
Foi publicada neste Diário carta (Estudantes?, dia 3) muito infeliz do leitor José Roberto Tonetti sobre a capa do jornal do dia 30, que mostrava escola ocupada por estudantes e que dizia ‘secretária fechada por tempo indeterminado’. Aqueles que tiveram oportunidade para estudar sabem que o acento na palavra ‘secretária’ está errado. Deveria ser ‘secretaria fechada por tempo indeterminado’. Simples. Mas não vi motivo algum para o leitor enviar carta com ironias e duvidando até do futuro de quem ele nomeia como ‘elementos’ (eu sempre vejo policiais chamando bandido de elemento, então não foi a melhor palavra que ele poderia usar). E, sim, eles são o futuro do Brasil! Estão lutando por algo que é direito deles, a Educação. Quem sabe assim eles podem estudar e aprender acentuação. O senhor com certeza não consegue entender a falta de estudo porque é classe média e sempre estudou em boas escolas.
Fernanda Tenório
Santo André

É o fim. Basta!
O impeachment de Dilma está posto devido aos seus desmandos fiscais, afrontando a Constituição brasileira. A improbidade do prefeito Fernando Haddad, de São Paulo, está em curso pelo uso indevido das verbas de multa de trânsito em áreas que a lei não permite. Só faltam as Câmaras de vereadores de Mauá e Santo André agirem em defesa dos munícipes e instalar processo fiscalizatório sobre as altas dívidas de R$ 1,7 bilhão e R$ 2,7 bilhões. Essas duas Casas vêm prestando grande desserviço à população, omitindo-se e não solicitando junto aos prefeitos auditoria de Sama e Semasa e, futuramente, solicitarem a improbidade desses prefeitos por ato ou omissão e por colocarem a população em situação calamitosa e vexatória, que já deixou até quatro dias sem água as residências e com explicações mentirosas, como as da presidente Dilma dia 2.
Pedro Téo
Mauá

Abutres
Espanta-me tomar conhecimento de a que ponto chega a crueldade humana. Pessoa internada em UTI em hospital de São Bernardo tem familiares surpreendidos por pessoas estranhas em telefonema dizendo-se fazer parte do quadro clínico. Falam que ‘o internado necessita ser encaminhado urgentemente a clínica especializada’, como se o referido nosocômio não se dispusesse a fazê-lo. Solicitam pagamento de cerca de R$ 4.000, que dias após seriam reembolsados. Pura armadilha. Alguém, por certo, internamente dispondo de todos os dados no setor administrativo, dizendo-se ‘doutor’, indica até a conta (neste caso, Caixa Econômica Federal). Correria total, nervos à flor da pele ante tal situação (doença) fica difícil raciocinar tal crueldade humana nesse desespero. Alerto a todos que têm familiar em situação igual que procurem primeiramente entrar em contato – ou ir à gerência – e não depositar nada conforme exigência desses verdadeiros abutres. Ganância servindo-se da morte. Este aviso é extensível a todo Grande ABC e também Capital. Todos os hospitais deveriam registrar esta advertência na sala de entrada. Quantas pessoas desesperadas ainda cairão neste crime de lesa-humanidade?
Severino Martins de Araújo
São Bernardo 




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