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Festa de Sto. André tem dança e concurso
James Capelli
Do Diário do Grande ABC
08/04/2001 | 21:53
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No Parque Duque de Caxias, um concurso de cartazes sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente, reuniu 650 crianças e jovens de escolas estaduais, municipais e particulares. O evento fez parte do Projeto Pedadógico “Pela Vida e Não à Violência”, da prefeitura de Santo André. Foram selecionados doze trabalhos e os desenhistas receberam como prêmio um computador com impressora. Os estudantes foram divididos em quatro categorias: da 1ªà 4ªséries de ensino fundamental, de onde foram selecionados cinco trabalhos. De 5ªà 8ªséries, de onde foram selecionados três. Do ensino médio, dois cartazes. E do movimento de alfabetização de jovens e adultos, mais dois.

O concurso começou pela manhã, com a distribuição do material para a confecção dos cartazes. Os participantes tiveram duas horas , das 9h30 às 11h30, para fazer os desenhos. Depois, um grupo de jurados formado por representantes de órgãos de ensino público e privado, um artista plástico e os patrocinadores do concurso, passaram três horas escolhendo os vencedores. “Foi uma tarefa difícil para chegarmos a um acordo”, afirmou Cleuza Rodrigues Repulho, secretária de Educação e Formação Profissional do Município. Para ela, a principal importância do evento foi a discussão do estatuto pelos jovens. “Ele foi apresentado e discutido nas escolas antes do evento de hoje. Essas crianças serão os pais de amanhã. É importante que eles conheçam os seus direitos e de seus filhos no futuro”, disse.

“Vou ser desenhista quando crescer”, disse Eduardo Fernandes Vieira dos Santos, de 9 anos. Ele estuda no EMEIF Vila Linda e estava radiante com o fato de ter ganho um computador. “Eu não tenho e esse vai ajudar muito com os novos desenhos”.

Júlio César Bento da Silva, de 6 anos, estava até assustado com o assédio depois de ter sido selecionado. “Eu não esperava ganhar”, disse. Ele tem mais quatro irmãos e não possui computador. Um dos irmãos mais velhos não parava de beijá-lo. Já o adolescente João Paulo Comandaroba da Silva afirmava: “vim para ganhar”.

Ele se inspirou numa foto de sua irmã, que ainda é bebê, para retratar o Estatuto. “Meu pai é marceneiro e não tem condições de comprar um computador. Como eu vim sozinho para o concurso, vou chegar gritando em casa que ganhei”, disse. A jovem Priscila Delgado Martins, de 18 anos, que está no quarto ano do curso de magistério também foi sozinha para o concurso. “E vim para ganhar”. Ela disse que já tinha projetado seu desenho que representa o planeta terra, com itens do estatuto circulando em sua órbita como satélites. JCa.




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