O sucesso do Santos dentro de campo – a conquista do título do Campeonato Paulista, a presença na final da Copa do Brasil e no G-4 do Brasileiro – não amenizou a crise financeira que provocou o atraso de salários e a saída de jogadores importantes pelas vias judiciais no início do ano, entre eles o volante Arouca e o goleiro Aranha, então titulares. A previsão orçamentária do comitê de gestão prevê déficit de R$ 20 milhões no fim da temporada.

Segundo os dirigentes santistas, várias receitas foram superestimadas pela gestão anterior de Odílio Rodrigues. A principal delas foi com a venda de atletas, que ficou aquém das expectativas. O lucro esperado era de R$ 29 milhões com as negociações, mas, de acordo com o balancete do primeiro semestre, só entraram R$ 12,5 milhões nos cofres do clube. Entre os vendidos estão o lateral-direito Cicinho, o volante Alan Santos e o atacante Neílton.

A falta de patrocínio na camisa também pesou no resultado ruim. Dos R$ 16 milhões estimados, o clube conseguiu apenas R$ 4,7 milhões com acordos pontuais – as receitas devem aumentar porque o Peixe conseguiu acertar com a Guaraviton, que estampará o peito da camisa no clássico contra o Palmeiras, mas o valor não foi revelado.

Os dirigentes afirmam que o deficit em 2015 já era esperado e que o clube deve ficar no azul apenas em dois ou três anos.

PAZ E AMOR

O técnico Dorival Júnior negou atrito com Gabriel por causa de um skate elétrico no treino de quinta-feira. “Não houve briga”, afirmou o treinador. “Só que aqui (gramado) é área de treinamento, não de entretenimento. Não houve choque, atrito. Falei brincando e dando risada”, disse Dorival.