Para os EUA, a chamada Parceria Transpacífico (TPP, na sigla em inglês) abrirá os mercados agrícolas do Japão e Canadá, endurecerá as normas de propriedade intelectual para beneficiar empresas farmacêuticas e de tecnologia e estabelecerá um bloco econômico integrado para desafiar a influência da China na região.
O acordo é considerado uma vitória para o presidente dos EUA, Barack Obama, que conta com o pacto para impulsionar o crescimento econômico, incentivar indústrias competitivas e aproximar países do Pacífico num momento em que a China - que não faz parte do bloco - adota uma postura econômica e militar mais agressiva na região.
Obama, no entanto, vai enfrentar sérios desafios nos próximos meses para garantir a aprovação da TPP no Congresso, que está dividido. Poucos democratas apoiam a política comercial de Obama e o endosso dos republicanos será imprevisível no ano eleitoral de 2016, dependendo do comportamento dos candidatos à presidência e da nova liderança na Câmara dos Representantes. A votação sobre o acordo não ocorrerá antes do começo do próximo ano.
Após dezenas de rodadas de negociações e de cinco dias de esforços de barganha em Atlanta, ministros do Comércio e outras autoridades disseram que resolveram conflitos sobre a proteção da propriedade intelectual de medicamentos biológicos, regras para a produção automotiva e produtos lácteos.
A TPP, se aprovada no Congresso norte-americano, marcará a efetiva expansão do Acordo de Livre Comércio da América do Norte (Nafta, na sigla em inglês), lançado há duas décadas, ao incluir Japão, Austrália, Chile, Peru e vários países do Sudeste Asiático. O pacto vem sendo negociado desde 2008. Fonte: Dow Jones Newswires.
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