Atualizada às 16h45

A Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) adiou a inauguração das obras de interligação e transferência de água entre os sistemas Rio Grande, da Represa Billings, e Alto Tietê, que aconteceria às 10h desta quarta-feira para as 17h. 

A companhia informou, por meio de nota, que  foi detectado um vazamento em uma junta submersa durante o processo de carregamento da tubulação. Mergulhadores trabalharam no local para solucionar o problema.

Ainda segundo a Sabesp, “estas ocorrências fazem parte da fase de operação assistida da obra, conforme já anunciado".

Com a conclusão das obras de interligação e transferência, em torno de 1,1 milhão de pessoas que vivem na Região Metropolitana serão beneficiadas.

Orçado em R$ 130 milhões, o projeto prevê a transferência de 4 m³/s do Rio Grande, que percorrerão 22 quilômetros de tubulações e chegarão à ETA (Estação de Tratamento de Água) Taiaçupeba, em Suzano, que tem capacidade para tratar 15 m³/s do recurso.

O governador Geraldo Alckmin (PSDB) ressaltou a importância da obra em evento de sanção da Lei 1.126, que agiliza procedimentos de leilões de carros e motos no Estado. “É uma grande conquista. Concluímos a construção em tempo recorde de apenas cinco meses. Agora, mais de 1 milhão de pessoas receberá água tratada e de qualidade. Isso significa mais disponibilidade do recurso para a Região Metropolitana.”

Desde abril, o Sistema Rio Grande abastece bairros da Capital, por meio de adutora construída pela Sabesp. Com o término das obras e a captação de água da Billings, o Alto Tietê fornecerá também para as zonas Leste e Norte da cidade, ampliando o uso da represa localizada na região. A Sabesp garante que não haverá prejuízo para moradores do Grande ABC.

Além da Capital, São Caetano também passará a ser 100% abastecida pelo Alto Tietê. O município deixou de receber água do Cantareira em junho, quando passou a ser atendido pelos sistemas Alto Tietê e Rio Claro.
As obras de transposição fazem parte de conjunto de medidas para diminuir os efeitos da crise hídrica no Estado. Apesar das iniciativas do governo, o nível dos reservatórios continua em queda. A situação mais crítica é a do Alto Tietê, que operava ontem com apenas 15% do volume total, seguido do Cantareira, com 16,2% da sua capacidade, incluindo duas cotas do volume morto. O Rio Grande apresentava as melhores condições, com 85,6% da capacidade.