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Moradores podem retirar encomendas nos Correios

Mesmo com a greve, que já dura uma semana, é possível pegar pacotes e cartas registradas nos centros de distribuição

Soraia Abreu Pedrozo
Do Diário do Grande ABC
22/09/2015 | 07:27
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Ari Paleta/DGABC


Apesar da greve dos Correios, que já dura uma semana, os moradores do Grande ABC podem retirar encomendas e cartas registradas nos centros de distribuição em horários determinados. Além disso, parte dos itens continua sendo entregue por vans e motocicletas da empresa.

Existem na região 35 CDDs (Centros de Distribuição Domiciliar), de onde saem as cartas registradas, e dois CEEs (Centros de Entrega de Encomendas), locais que distribuem pacotes de Sedex, Sedex 10 e Sedex Hoje, sendo um na Travessa Santo Amaro, em Santo André, e outro na Avenida Wallace Simonsen, em São Bernardo.

No CEE da Travessa Santo Amaro, por exemplo, estava afixado, ontem, um painel em que se lia: ‘Caros clientes, informamos que todas encomendas e Sedex destinados aos municípios de Santo André, Mauá e Ribeirão Pires estão sendo entregues no endereço informado no ato da postagem. Horário de atendimento ao público: segunda a sexta-feira das 10h às 14h.’

Questionado, o Sintect-SP (Sindicato dos Trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios, Telégrafos e Similares de São Paulo, Grande São Paulo e Zona Postal de Sorocaba) informa que, de fato, existe a possibilidade de retirar objetos e correspondências, porém, é preciso enfrentar grandes filas e, ainda assim, há o risco de não conseguir retirá-los no dia pretendido, devido ao fato de haver poucos funcionários trabalhando. “O ideal é que busque retirar pessoalmente quem estiver aguardando algo importante, que não possa esperar a greve passar, como passaportes e documentos de carros ou pessoais”, exemplifica o diretor do Sintect-SP no Grande ABC, José Luiz de Oliveira.

Quanto às entregas que continuam sendo realizadas, Oliveira disse que eles têm mantido o mínimo de profissionais na ativa. “Dos cerca de 80 carteiros que atuam no CEE de Santo André, há seis trabalhando. Isso significa que, das 7.000 mercadorias que eles costumam entregar por dia, em torno de 100 têm chegado aos destinos”, justifica.

Diariamente, no Grande ABC, existem 500 mil correspondências e 11,5 mil encomendas a serem entregues, segundo os cálculos de Oliveira.

Quem postou alguma correspondência ou pacote e quer garantir a entrega de outra maneira, pode retirar no local em que deixou os itens, pedir o ressarcimento da taxa paga e retirá-lo. Já aqueles que encomendaram algo de uma empresa que utiliza os Correios como meio de transporte, é responsabilidade da firma encontrar outra opção para o fornecimento da mercadoria ou documento.

É importante lembrar que contas que não chegarem nas residências no prazo, se não forem pagas, terão o acréscimo de juros, já que a greve não isenta a cobrança de multas. Portanto, a orientação é entrar em contato com o banco ou empresa, pelo SAC, que têm o dever de oferecer outra forma de pagamento, como o código de barras do título.


Trabalhadores têm audiência de conciliação com TST na sexta

Ontem, os grevistas realizaram assembleia pela continuidade da paralisação. Na sexta-feira, haverá audiência de conciliação no TST (Tribunal Superior do Trabalho). “Se não houver acordo, o ministro relator deverá julgar a greve e determinar o dissídio coletivo”, explica Oliveira. “Queremos pelo menos a reposição integral da inflação e um aumento real.”

A proposta atual do TST prevê reajuste de R$ 200 em forma de gratificação, sendo R$ 150 mensais retroativos a 1º de agosto, mais R$ 50 a partir de janeiro do ano que vem, o que representa um aumento de cerca de 15% sobre o salário base inicial dos agentes de Correios, de R$ 1.134. Os trabalhadores, porém, querem a incorporação dos reajustes.

Outra queixa da categoria é a cobrança de 13% sobre o salário bruto para bancar o plano de saúde, além de manter o sistema de compartilhamento, em que são cobrados 20% do valor da consulta ou do exame médico. Com salário médio de R$ 1.300, seriam desembolsados R$ 169 com a medida.

Segundo Oliveira, no Grande ABC, onde trabalham 1.500 funcionários, a greve tem a adesão de 75% do efetivo. De acordo com os Correios, na Diretoria Regional dos Correios de São Paulo Metropolitana, 77% do efetivo estava trabalhando normalmente ontem (o que corresponde a cerca de 14,5 mil empregados).
 




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