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Falta vigilância no Parque Central
Emerson Coelho
Do Diário do Grande ABC
29/01/2009 | 07:00
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 A situação da segurança no Parque Central, na Vila Assunção, em Santo André, preocupa os usuários do espaço, apesar da presença de uma base da guarda municipal dentro do parque. Apenas seis guardas municipais são responsáveis por monitorar uma área de 48 mil metros quadrados, que nos finais de semana chega a receber cerca de 4.000 pessoas.

 O parque funciona todos os dias, das 6h às 20h, e durante a troca dos turnos da guarda, das 6h às 7h e das 18h às 19h, a situação fica ainda pior, pois apenas dois guardas ficam na base impossibilitados de fazer a ronda.

 Duas viaturas estão disponíveis para as rondas e, eventualmente, algumas motos são deslocadas, quando solicitadas. A base da guarda não possui telefone. Quando precisam se comunicar os guardas utilizam o orelhão do parque ou seu próprio sistema de rádio, de uso interno.

 De acordo com dados da guarda instalada no local pelo menos dois assaltos são registrados mensalmente dentro do parque.

 "É uma área muito grande, infelizmente não temos como dar conta de todo esse espaço", confessa o cabo da guarda municipal, Ivanildo da Silva Lima, um dos encarregados da segurança do parque.

 De acordo com os usuários, a região mais problemática é a próxima do Parque Escola Sabina, que fica aos fundos do parque. "Eu tenho medo de passar por lá, já cheguei a ver dois rapazes com uma faca e tive que me esconder", disse a professora Maria Célia Brunholi Nunes, 59 anos, que freqüenta diariamente o parque para praticar caminhadas.

 No último sábado (24), nessa mesma área, uma mulher, que estava com sua filha, perdeu bicicleta, celular, câmera fotográfica digital e todos os documentos pessoais. "Meu marido não estava perto de mim, eles me abordaram em dois, pareciam ser menores, eu fiquei muito assustada", disse uma dona-de-casa, que preferiu não se identificar.

INFRAESTRUTURA - O administrador do parque, o agente cultural, Eduardo Camarotti, convive diariamente com o vandalismo no local. "Infelizmente muitas pessoas vêm aqui para destruir o parque", desabafa.

 Das cerca de 70 lixeiras, pelo menos 20 estão destruídas. As duas caixas d'água que servem para abastecer banheiros e bebedouros do parque tiveram as suas tampas retiradas no começo do mês. "Eles arrancaram para poder nadar. Tivemos que colocar uma grade cobrindo a caixa d'água para que ninguém morra afogado", conta Camarotti.

 O administrador explica que as torneiras de metais dos bebedouros são roubadas freqüentemente e por esse motivo estão sendo substituídas por similares de plástico.

 O portão da entrada que fica próxima à favela Gamboa teve seu cadeado arrombado diversas vezes e a administração do parque resolveu soldá-lo no início do mês. Não adiantou. Ele foi destruído e derrubado após três dias e agora o parque permance "aberto" durante a madrugada.




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