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Carta aberta do Simpi à AES Eletropaulo
Simpi-SP
16/09/2015 | 07:21
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O Brasil passa hoje por um momento em que as micro e pequenas indústrias são desafiadas a serem cada vez mais competitivas. Da porta para dentro, em um cenário de imensas dificuldades, elas têm se esforçado para poder sobreviver. Hoje, ser competitivo e sobreviver tornam-se impossíveis diante da falta de qualidade e confiabilidade no fornecimento de energia elétrica, em especial aquela que é oferecida por meio da distribuidora controlada pela AES Eletropaulo. Interrupções no fornecimento, que chegam a durar mais de 24 horas, causam prejuízos irreparáveis para essas indústrias, com danos ao maquinário, perda de matéria-prima, atraso nos prazos de entregas dos produtos e dispensa de trabalhadores ociosos.

Ainda mais inaceitável é o fato de a interrupção do fornecimento ser maquiada pela distribuidora (com uma fase a menos, com baixa-tensão...), reativando-o em parâmetros não compatíveis com a retomada da produção pela indústria. Isso para não incorrer em penas que possam ser impostas pela agência reguladora.

Não é mais possível que o Brasil conviva com o fornecimento de energia elétrica como ocorre atualmente! Faz-se necessário que toda a sociedade demonstre o repúdio às práticas adotadas no fornecimento de energia elétrica ao consumidor final.

O Brasil necessita ser um País competitivo, e isso não é possível sem energia elétrica distribuída de maneira eficiente, eficaz, confiável e a preço justo. O Simpi-SP (Sindicato da Micro e Pequena Indústria do Estado de São Paulo) vem estudando as cabíveis e possíveis medidas para defender os direitos da categoria econômica que representa.


Enfim, pequena melhora no acesso ao crédito

Depois de uma série de recordes negativos, a 30ª rodada do indicador de atividade da micro e pequena indústria, encomendada pelo Simpi-SP ao Instituto Datafolha, aponta ligeira melhora em índices relevantes para a categoria econômica. Após registrar os piores patamares no mês de julho, o acesso a crédito para pessoa jurídica é um dos destaques dessa reação: em agosto, 41% das empresas conseguiram a liberação de empréstimos, ante 29% no mês anterior, ou seja, 12% de aumento. A pesquisa mostra ainda que 26% do total de empresas tomaram algum tipo de empréstimo, e, destes, 17% o fizeram para renegociar ou pagar dívidas, que são os maiores valores da série histórica.

A questão da dificuldade de acesso ao crédito foi um dos pontos da pauta levada pelo Simpi-SP ao governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, que encarregou o Desenvolve SP para liberar uma linha especial de crédito para capital de giro, com a finalidade de socorrer as micro e pequenas indústrias paulistas nesse momento difícil da economia. E, a nível federal, o presidente do Simpi-SP, Joseph Couri, apresentou a mesma pauta de reivindicações de crédito ao vice-presidente da República, Michel Temer, que assumiu o compromisso de solicitar linhas de capital de giro para as empresas ao presidente do BC (Banco Central) do Brasil, Alexandre Tombini.

Couri afirma que ainda é cedo para afirmar que essa melhora no crédito já seja reflexo de ações tomadas pelos governos estadual e federal. “Vamos aguardar os resultados das próximas pesquisas e verificar se essa tendência se confirma”, pondera.

Contudo, mesmo diante do alívio criado, a crise continua forte e o risco de fechamento ainda paira sobre os micro e pequenos industriais paulistas. O índice dos que acreditam que a turbulência põe sua empresa em risco se manteve em 68% e, destes, 20% admitem que poderão encerrar suas atividades em três meses, o que significaria o fechamento de 168 mil postos de trabalho. 




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