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Auricchio e Volpi se filiam ao PSDB com Aécio e Alckmin

Lideranças tucanas no País abonaram ficha de pré-candidatos em São Caetano e Mauá

Por Fabio Martins
Do Diário do Grande ABC
11/09/2015 | 07:00
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Nario Barbosa/DGABC


Em evento ontem na Capital, os ex-prefeitos José Auricchio Júnior (São Caetano) e Clóvis Volpi (Ribeirão Pires) se filiaram oficialmente ao PSDB, com as fichas abonadas pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), e pelo presidente nacional do tucanato, Aécio Neves, além de outras figuras, como o ex-vice-governador Alberto Goldman e os senadores José Serra e Aloysio Nunes. O ato realizado no Esporte Clube Sírio, em frente à sede do diretório estadual do partido, reuniu cerca de 2.000 pessoas e serviu para apresentar o ingresso simbólico de 30 pré-candidatos para a disputa majoritária na eleição municipal de 2016.

Auricchio e Volpi vão postular o Paço de São Caetano e Mauá, respectivamente. Ambos migraram do PTB e comandaram a Pasta estadual de Esporte, Lazer e Juventude no governo anterior de Alckmin – o primeiro como secretário e o segundo de adjunto e que já integrou as fileiras da sigla. Anfitrião da atividade, o governador argumentou que as novas filiações representam “ganho de musculatura ao time” que vai enfrentar as urnas em 2016. “São bem-vindos para fortalecer os quadros do PSDB e formarmos base sólida à concorrência.”

Auricchio alegou que a migração ao PSDB significa entrar no protagonismo de modelo que o País e São Caetano necessitam atualmente. Para o ex-prefeito, o tucanato precisa fazer o resgate da boa política em consonância com os anseios da população. “O PSDB tem plano para o Brasil e a região metropolitana de São Paulo, onde estamos inseridos, tem papel fundamental, sendo o Grande ABC a cereja do bolo”. Volpi frisou que o PT vive momento de deterioração no âmbito federal e esse cenário se reflete nos municípios. “Não se trata de tirar o PT, mas propiciar gestão nova, mostrando que é possível trabalhar diferente”. As duas cidades nunca elegeram o PSDB a prefeito.

Dentro do conjunto de filiações, Serra destacou no palanque apenas três entradas ao tucanato, mencionando nominalmente Volpi, lembrando o histórico do ex-chefe do Executivo de Ribeirão pelo tucanato, do “amigo” Auricchio e Rubens Furlan, de Barueri, que sai do PMDB. “O Volpi percorreu por outros partidos e agora retorna à sua casa. O Auricchio, por sua vez, eu sempre quis trazer para o PSDB pela visão moderna que tem de administração e tenho certeza que será de novo prefeito de São Caetano”, disse, alertando, na sequência, que a chegada se dá em momento difícil de crise política no País.

A maioria das filiações formalizadas ontem contou com a articulação direta do Palácio dos Bandeirantes, por meio do secretário da Casa Civil, Edson Aparecido (PSDB), com a proposta de construir projeto maior. Presidente paulista do PSDB, o deputado Pedro Tobias frisou que todos os pré-candidatos conquistados têm “espaço aberto para ganhar as prefeituras e são primordiais” para a disputa da Presidência da República em 2018.

Aécio indicou que o novo grupo do PSDB “é representativo e com trajetória extraordinária”. Para o ex-presidenciável, o tucanato precisa se colocar como única alternativa segura para encerrar o ciclo perverso criado pelo PT. “Temos de iniciar um ciclo virtuoso. Ato como esse repercute em todos os Estados, no País inteiro, pois hoje (ontem) aqui está a alma e coração do PSDB”. Aloysio se referiu a Auricchio e Volpi como políticos de primeira linha.

Ex-secretário de Mobilidade Urbana, Obras e Serviços Públicos de Santo André, Paulinho Serra (PSD) não apareceu na atividade. Ele foi formalmente convidado a ingressar no PSDB e se lançar à Prefeitura andreense. O acerto pode acontecer nos próximos dias.

Governador é exposto como presidenciável

Senador por Minas Gerais e presidenciável do PSDB em 2014, Aécio Neves sugeriu que o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, seja o candidato da legenda à Presidência da República em 2018. Com frases explícitas de apoio a Alckmin, Aécio tenta afastar rumores de divisão no tucanato para o pleito daqui a três anos, quando o PT terá de apresentar sucessor de Dilma Rousseff.

“São Paulo me permitiu conhecer um dos homens mais corretos e honrados. Ele inspira confiança e alia ética com competência a serviço de São Paulo. Dentro de pouco tempo, será a serviço do Brasil”, afirmou Aécio, durante a filiação de lideranças ao partido. “Hoje é em São Paulo onde estão as melhores esperanças. Aqueles que acreditam na divisão, estão enganados. Vamos estar juntos pela responsabilidade de, a partir do ano que vem, demandar trabalho por todo o País. O Alckmin é um dos políticos mais respeitados e com liderança no PSDB. Quero vê-lo em Minas (Gerais), no Sul, no Nordeste.”

Alckmin e Aécio estiveram reunidos por duas horas antes da atividade realizada na Zona Sul de São Paulo. Ambos pleiteiam ser presidenciável pelo PSDB, até porque Dilma e o PT enfrentam grande resistência popular. Nos bastidores políticos, comenta-se que pode haver divisão de forças na legenda se o processo de construção de candidatura não for conduzido da melhor maneira possível.

Em seu discurso, Alckmin evitou falar de cenários eleitorais. Limitou-se a enaltecer as recém-filiações e fez breve crítica ao governo de Dilma ao ser questionado sobre o rebaixamento de nota de confiança econômica do País, que colocou o Brasil em grau especulativo. “O PT mostrou que fundo do poço é móvel”. Na sequência, Aécio sentenciou: “Dentro de pouco tempo eles (petistas) estarão alijados do poder.”

Senadores pelo PSDB de São Paulo, José Serra e Aloysio Nunes Ferreira não pouparam ataques à presidente. Aloysio, inclusive, enfatizou a frente de partidos no Congresso Nacional que, pela internet, lançou campanha pelo impeachment da petista. Essa ala é formada por PPS, PSDB, DEM, Solidariedade, PSC, PTB e também por dissidentes de PMDB e PSD, partidos hoje que estão no arco de alianças de Dilma e que possuem ministérios.  




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