As equipes ainda não encontraram sinais dos dois bombeiros desaparecidos– o sargento Alail Alves Benício, 51 anos, e o tenente Carlos Alberto Teixeira, 43 –, do 8º Grupamento do Grande ABC, que foram os primeiros a chegar ao local. A principal suspeita é de que os bombeiros tenham sido encurralados pela própria porta corta-fogo do depósito.
Os bombeiros realizam operação rescaldo. Ainda é muito grande a quantidade de fumaça no local. Além dos bombeiros, há pessoas manejando guindastes e outras máquinas para retirar os restos de materiais consumidos pelo fogo. O trabalho é lento e deverá durar pelo menos três dias.
O fogo começou por volta das 12h30 na segunda-feira, causado provavelmente por um curto-circuito ocorrido na fiação do teto de um galpão onde são armazenados os chamados produtos secos, como biscoitos e chocolates.
Até o início da noite, mais de 3 milhões de litros de água já tinha sido usados no combate ao fogo.
A destruição de mais de 20 mil metros quadrados do depósito causaram um prejuízo de R$ 90 milhões para a Nestlé.
Negligência- De acordo com o coronel Wagner Ferrari, comandante do Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo, a Nestlé e a Prefeitura de São Bernardo não atenderam normas de segurança que garantiriam maior agilidade no combate ao incêndio que atingiu o depósito da empresa.
Ferrari garantiu que um atestado de vistoria provisória foi emitido pelos bombeiros em março de 1999, com validade de seis meses. Porém, durante dois anos e sete meses, nem a prefeitura nem a empresa se manifestaram quanto a necessidade de fazer uma nova vistoria para constatar se a empresa tinha realizado as mudanças necessárias para se adequar às normas de segurança exigidas pelos bombeiros.
A Nestlé espera a conclusão do laudo da perícia para se pronunciar sobre o acidente.
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