Segundo outra coordenadora do grupo, Iracema Mendes da Silva, a Aninha, pelo menos por uma semana está garantido a permanência das famílias na quadra da Gaviões. As famílias irão montar barracas no campo de futebol da sede e poderão utilizar a cozinha e os banheiros, com chuveiros com água quente. Depois da reintegração de posse da área da Volks, na última quinta-feira, os acampados foram para a igreja Jesus de Nazaré, na Vila São José, onde não puderam ficar. De lá, foram para o Paço Municipal, de onde também foram retirados no fim do dia. Chegaram, então, às 20h45 na praça da Matriz e à sede da Apeosp (sindicato dos professores da rede estadual), onde ficaram até sábado à noite.
Com abrigo provisoriamente garantido, a coordenação do movimento irá, nesta semana, tentar fazer uma reunião com o secretário estadual de Habitação, Barjas Negri. O objetivo será discutir o cadastro feito pela CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano), presidida por Negri, e cobrar participação do município na solução do problema. “Todas as famílias que estão conosco são de São Bernardo, elas têm documentos, certidão de nascimento, que mostram que nasceram e cresceram na cidade.” No dia 28 de julho, parte dos acampados foram em passeata até o Paço Municipal, mas não foram recebidos.
Para a imprensa, o prefeito Willian Dib afirmou que não iria recebê-los por considerar a ocupação “um movimento político” e porque a maioria dos acampados não seria da cidade. A Prefeitura afirmou desde o início da invasão que a cidade não tinha sem-teto, apenas moradores em subhabitações e que estes já estavam na fila dos programas de moradia em curso.
No dia da reintegração de posse, o movimento voltou ao Paço. Os coordenadores pediram aos secretários municipais da Habitação, Osmar Mendonça, de Ações Sociais, Ademir Silvestre e, de Assuntos Jurídicos, Carlos Roberto Maciel, a concessão de uma área pública de modo emergencial para abrigar as famílias. Não houve acordo.
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