Sobre as críticas de que a união formal do PMDB só seria real quando o partido finalmente ganhasse os ministérios que reivindica, Renan disse que a aliança fechada nesta terça não se resume a apenas cadeiras na Esplanada dos Ministérios. "O que está em jogo não é apenas o apoio do nosso partido no Congresso. Não se trata de ocupar ministérios somente. Estamos empenhados em aprofundar um pacto estratégico de poder com o PT", disse.
O senador não quis especular sobre quando o PMDB entrará definitivamente no governo. Renan argumenta que seu partido sabe que, na política, existe um "timing" para que as coisas aconteçam. O ideal, para ele, é que o PMDB vá para o governo no bojo de uma ampla reforma. "Mas apenas no momento certo", disse.
Quando chegar a hora, Renan garantiu que a presença dos peemedebistas no governo será correspondente "ao seu peso político e ao seu tamanho", mas não quis adiantar nomes ou pastas. O partido detém a maior bancada no Senado e a segunda maior da Câmara dos Deputados.
Por enquanto, a única garantia é de que o PMDB vai reforçar seu apoio às reformas tributária e da Previdência, a exemplo do que fez nas duas votações da reforma da Previdência na Câmara. "Nosso partido reafirma seu compromisso com a governabilidade. Estamos dispostos a ajudar o país", resumiu.
A decisão de unir os dois partidos foi tomada em almoço do presidente Lula com líderes da bancada peemedebistas. Segundo Renan, foi o presidente Lula quem deixou clara a vontade de incluir o PMDB no primeiro escalão do governo, por considerá-lo um partido que tem um "papel estratégico" a desenvolver. "O presidente deixou claro que quer a participação do PMDB no governo. O partido está sendo formalmente convidado a isso", disse Renan.
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