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Escolas indicam confecções para uniformes
Evandro Enoshita
Tiago Dantas
05/03/2010 | 07:56
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Pais interessados em comprar o uniforme que ainda não foi entregue pela Prefeitura de Santo André podem procurar alguma das dezenas de confecções espalhadas pela cidade. Para descobrir o endereço mais próximo de casa, basta procurar a secretaria da escola onde seus filhos estão matriculados.

O Diário entrou em contato com seis colégios ontem. Em apenas um deles, a Emeif Vinícius de Moraes, a atendente não passou o telefone da confecção e recomendou que o pai esperasse, embora não tenha dito até quando. "Acho melhor o senhor aguardar porque a Prefeitura vai fornecer os uniformes", afirmou a mulher.

Melhor para os donos das confecções, que aumentam sua renda. O empresário Vanderlei do Prado, 48 anos, por exemplo, recebeu, recentemente, pedido para fazer 20 camisetas de Emei com a estampa do Andrezinho, mascote do município. "Não fiz propaganda nas escolas nem distribui panfleto, mas o pessoal no bairro já me conhece e acaba pedindo para fazer", diz.

Algumas mães pediram para Vanderlei usar um pano cinza para confeccionar o traje. "O branco suja muito", afirma o proprietário da confecção, que garante a qualidade das suas roupas. Cada camiseta sai por R$ 12,90 ou R$ 14,90, dependendo do tamanho. O preço da bermuda varia de R$ 13 a R$ 14.

Na confecção de Carilene Vilha Gomes, 23, há cerca de 100 peças em estoque. "Quem compra, reclama do fato de ter que pagar pelo uniforme. Eles acham que a Prefeitura que deveria fornecer as peças de roupa", afirma Carilene. A diarista Rita de Cássia Aleixo, 35, gastou R$ 80 para uniformizar a filha Karina, 5, estudante da Emeif Comendador Piero Pollone, na Cidade São Jorge. "A Prefeitura prometeu o uniforme, mas não falou em prazos. Preferi não esperar. Acho que eles poderiam fornecer, porque é um peso a mais pra gente", disse.

A dona de casa Inês Nunes Soares, 41, afirma que pagou R$ 60 por um conjunto de camiseta, calça e blusa para sua filha, que estuda na Emeif Cidade Takasaki, no Jardim Alzira Franco. Já o desempregado Eliseu Gonçalves, 37, desembolsou cerca de R$ 200 para pagar roupas e material escolar para a filha Érica, 5.

Três cidades começaram entrega em fevereiro

São Bernardo, Diadema e Ribeirão Pires começaram a distribuir os uniformes escolares no início de fevereiro. A expectativa dessas prefeituras é de que, até o fim de março, todos os estudantes já estejam com os conjuntos de roupas oficiais. O mesmo prazo foi dado por São Caetano, onde a entrega dos kits ainda não começou.

Pais de alunos das Emebs Moisés Cheid, no Jardim Nazareth, e Lopes Trovão, no Jardim Santo Ignacio, em São Bernardo, reclamam que as roupas não chegaram. A Prefeitura havia definido o fim de fevereiro como limite para entregar os conjuntos de verão.

"Na escola do meu filho só deram pares de tênis", afirma a dona de casa Sueli Fernandes, 39, mãe de um estudante da Moisés Cheid. Ao ser questionada sobre o problema, a Prefeitura de São Bernardo declarou, por meio de nota, que "há um cronograma de entrega por região". Serão distribuídos cerca de 1,5 milhão de kits com roupas e material escolar na cidade. Em Diadema, os uniformes deverão chegar para 32,5 mil estudantes da rede municipal.




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