A família de Tatiane Oliveira da Silva, 20 anos, identificou na manhã de ontem o corpo da ajudante no IML (Instituto Médico-Legal) de Santo André. A jovem foi morta na madrugada de domingo, junto com o ex-noivo Edílson Bandeira da Silva, 26 anos, em Mauá. Há suspeita de que tenha ocorrido um crime passional. Os dois foram enterrados no Cemitério Santa Lídia.

Tatiane era ajudante no setor infantil de uma loja de departamentos e trabalhou no sábado das 10h às 18h. Depois do serviço, foi ao cinema com algumas amigas. Voltou para casa e lá encontrou o ex-noivo, de quem havia se distanciado após mais de dois anos de namoro.

O casal conversou e resolveu sair. Por volta da 1h30, foram encontrados mortos dentro do Escort vermelho. O veículo colidiu contra a porta de aço de uma oficina mecânica na Avenida Brasil, no Parque das Américas. O lado esquerdo do rosto de Tatiane estava ferido à bala. Edílson se encontrava ensangüentado e inconsciente - foi levado vivo ao Hospital Nardini, onde morreu. Dentro do carro, policiais encontraram um revólver 38.

No cemitério, os corpos foram velados ao mesmo tempo, separados por 20 metros. Os amigos e familiares descreveram Tatiane como alegre. Relataram também que ela sofria com a obsessão do ex-noivo, supostamente inconformado com o término do relacionamento.

O irmão de Edílson, Eronildo Bandeira da Silva, disse que a investigação policial deve esclarecer o que aconteceu na madrugada de domingo. O pai de Tatiane, Odilon Pereira da Silva, lamentou o ocorrido. "Não posso me conformar, mas também não quero guardar rancor pelo resto da minha vida", disse.