O CDES (Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social) da presidência da República considera o financiamento de longo prazo primordial para o novo ciclo de desenvolvimento que se prenuncia com Copa do Mundo de Futebol, em 2014, e a Olimpíada de 2016.
Conhecido como conselhão, o CDES entende que o financiamento de longo prazo é essencial para obras de grande porte nas áreas de transportes, energia, comunicações e saneamento, conforme ressaltou o presidente da Abdib (Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base), Paulo Godoy.
Conselheiro do CDES e um dos componentes do grupo temático Agenda da Infraestrutura para o Desenvolvimento, que elaborou o documento, Godoy considera que a moção a ser apresentada à presidência da República vem ao encontro das medidas anunciadas na quarta-feira pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, para fortalecer as condições de financiamento futuro.
Para Godoy, a desoneração anunciada para financiamentos de longo prazo cria ambiente propício para investimentos e projetos de infraestrutura, uma vez que "esse era um dos principais gargalos para o setor.
Ele ressalta, contudo, a necessidade de se empreender esforço contínuo para estabelecer condições macroeconômicas favoráveis à queda gradual dos juros.
O documento do CDES defende, como passo inicial, a preservação do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) como agente financiador de longo prazo. Prega também a desoneração tributária para financiamentos longos, melhora e ampliação das garantias, diversificação das aplicações dos fundos de pensão e de outros investidores, além de incentivo ao processo gradual de redução dos juros.
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.