O julgamento de cinco Carecas do ABC, acusados no assassinato do adestrador Edson Néris da Silva, ano passado, na praça da República, em São Paulo, deve ser adiado para julho. A sessão está marcada para as 13h desta segunda, no 1º Tribunal do Júri, na Barra Funda, mas provavelmente não ocorrerá em função das novas regras de racionamento de energia e, sobretudo, porque a defesa dos réus incluiu novas peças no processo.

De acordo com o promotor Marcelo Milani, autor das denúncias de homicídio triplamente qualificado e formação de quadrilha contra os réus, os advogados de defesa de dois dos acusados incluíram três fitas cassetes no processo, que ainda não foram periciadas. “As fitas foram incluídas na última quarta-feira. Enquanto não passarem pela perícia, não pode haver julgamento. Tudo indica que não será realizado”, disse.

A mesma opinião tem o responsável pela defesa do careca Jorge da Conceição Soler, réu confesso e um dos cinco acusados do grupo. “É quase certeza uma nova data”, disse o advogado Milton Bonelli.

Além da inclusão das fitas, há ainda o racionamento de energia, que limitaria os horários do tribunal, e a expectativa é que o júri dos cinco réus se estenda pela madrugada.

Mesmo com os problemas, o juiz Luis Fernando Camargo de Barros Vidal irá iniciar a sessão com a presença dos carecas Roberto Fernando Gros Dias, Marcelo Pereira Martins, Davi Alves dos Santos Júnior e Vanderlei Cardoso de Sá, além de Soler, detido em casa, sob escolta. “O juiz deve instaurar e dissolver a sessão”, previu Milani.