A falta de adesão das prefeituras do Grande ABC ao Dia Mundial Sem Carro fez com que a população das sete cidades não se mobilizasse. O resultado: o mesmo congestionamento de todos os dias.

A Avenida Prestes Maia, em Santo André, era um exemplo claro. Nos horários de rush, motoristas sofreram para passar pela via.

Da região, só as prefeituras de Diadema e Ribeirão Pires fariam algum tipo de ação - reduziram a frota de veículos oficiais e distribuiram folhetos sobre educação no trânsito e plantio de árvores.

Na Capital, a adesão também foi baixa, principalmente por causa da chuva. Mesmo assim, os índices de lentidão do trânsito estiveram abaixo da média das terças deste mês. A média de ontem foi de 57 quilômetros de congestionamento, ante 71 quilômetros da semana passada (também chuvoso).

ONGs reconheceram que a chuva atrapalhou maior adesão ao Dia Mundial Sem Carro. "Com chuva tudo piora em São Paulo", brinca o coordenador executivo do Movimento Nossa São Paulo. "Mas não é nosso objetivo fazer todo mundo deixar o carro em casa. A ideia é provocar discussão e elaborar propostas para o transporte público."

Fora do horário de rush, por volta das 9h45, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), tomou um ônibus em Pinheiros, Zona Oeste, para ir à Prefeitura, no Centro. O coletivo tinha apenas 17 passageiros, quando entraram o prefeito e uma equipe de 30 pessoas, entre assessores e jornalistas.