O pátio para depósito de veículos em Santo André, localizado na avenida Cândido Camargo, no Jardim Ana Maria, e inaugurado em dezembro do ano passado pela Prefeitura, já opera no limite. Os veículos de grande porte, como carretas e ônibus, não podem mais ser colocados no terreno, com cerca de 10 mil m², por falta de espaço para manobras. Portanto, ficam estacionados no meio-fio. Além destes, 12 veículos pequenos também estão parados na estreita avenida por falta de espaço no terreno.

Por causa do excesso de veículos, a Prefeitura vai começar, a partir deste mês, a procurar uma nova área para a construção de um novo equipamento, segundo o diretor de Trânsito e Circulação, Luiz Antônio Pompeu. No entanto, somente no ano que vem deve entrar em operação. Atualmente, 900 carros de passeio, 1,2 mil motocicletas e dez veículos de grande porte encontram-se no Jardim Ana Maria.

Segundo o diretor, os leilões realizados mensalmente liberam um número menor de veículos se comparados com os que dão entrada no local. “Todo mês, chegam de 200 a 250 veículos ao pátio. Mas nos leilões conseguimos vender entre 100 e 150, no máximo”, disse.

Os leilões, de acordo com Pompeu, deveriam ser realizados mensalmente, mas nem sempre é possível cumprir uma agenda predeterminada. A maioria dos veículos está obstruída por questões judiciais, como aqueles envolvidos em sinistros, que tenham sido produto de roubo e furto ou ainda necessários a um inquérito policial que ainda não tenha sido finalizado.

Portanto, os leilões são realizados somente quando um grande número de carros são liberados. O diretor do Departamento de Trânsito e Circulação disse que carros apreendidos por falta de pagamento de multas ou retidos por diversas outras razões ficam no pátio por 90 dias. Só depois deste período é que o proprietário é informado de que, caso não retire o veículo, este vai a leilão. “Às vezes, não compensa tirar o carro. Quem deixou muito tempo o veículo encostado geralmente tem de pagar mais pela estadia no pátio do que o valor do bem.”

O próximo leilão, segundo Pompeu, estava previsto para acontecer na próxima terça-feira, mas o leiloeiro ainda não terminou a listagem dos veículos e determinou o valor mínimo para venda. “Mesmo assim, depois de arrematados, os carros ficarão no pátio por mais algum tempo, até serem retirados pelos seus compradores”, disse.

Mesmo no limite, o diretor disse que cerca de 100 lotes (entre carros de passeio e motos) ainda cabem no terreno. Os 12 carros estacionados do lado de fora do equipamento retornam para o pátio na próxima segunda-feira. “É que precisamos abrir espaço para a entrada de um guincho que vai levar uma das carretas embora, o que deve acontecer na manhã de segunda-feira. Em seguida, os carros voltam.” Os veículos grandes, porém, continuarão na rua.

Enquanto uma nova área não é alugada pela Prefeitura, Pompeu disse que verificará a possibilidade de os veículos sobressalentes serem levados para o terreno na avenida Dom Jorge Marcos de Oliveira, na Vila Guiomar, onde funcionava o antigo pátio. Este havia sido desativado em dezembro quando o pátio foi transferido para o Jardim Ana Maria.