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Câmeras pouco vigiam em Diadema
Elaine Granconato
Do Diário do Grande ABC
19/09/2011 | 07:34
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Tiago Silva/DGABC


 

O número de câmeras de segurança em Diadema é expressivo: 64. Na prática, porém, apenas entre 14 e 17 equipamentos monitoram a cidade. A maioria fora de operação está concentrada na região central.

Diadema foi a única cidade que não permitiu a entrada da equipe do Diário no Centro Integrado de Videomonitoramento - Santo André, São Bernardo e São Caetano permitiram. Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra não possuem centrais.

O presidente do Conselho Comunitário de Segurança - regional Sul - e integrante do Comusp (Conselho Municipal de Segurança Pública), Sérgio Murilo Pinto, também tem encontrado resistência para entrar no local. "Como tenho identificado os problemas do monitoramento, minha entrada tem sido barrada", afirmou.

E o especialista em Segurança Pública foi além. "O problema de visitar a central apenas com agendamento é que dá para fazer a maquiagem do local. Como as pessoas não conhecem o funcionamento, são mostradas apenas as imagens das câmeras que funcionam. Aquilo só funciona para tirar foto, colocar no jornal e fazer marketing."

O Diário confirmou com guardas-civis municipais e servidores públicos da Secretaria de Defesa Social, que pediram para não ser identificados, a fragilidade no sistema de monitoramento. Na semana retrasada, apenas 14 câmeras operavam. Na quinta-feira, eram 17.

O equipamento 360 graus instalado na praça do bairro Serraria está há pelo menos sete meses sem funcionar. "Está desligada há um tempão", afirmou um ambulante. Em tempo: a câmera seria para monitorar as seis agências bancárias do bairro.

A Prefeitura informou, por nota, antes do pedido da visita à Central, que das 64 câmeras, "apenas três foram furtadas e serão repostas". E que o sistema foi inaugurado em 2006.

 

Prefeitura pretende ampliar sistema

 

A Secretaria de Defesa Social de Diadema, responsável pela Guarda Civil Municipal, pretende ampliar o sistema de videomonitoramento com mais 10 câmeras, e por isso busca verba junto ao Ministério da Justiça. Os equipamentos seriam instalados nos locais com maiores índices de criminalidade, segundo o governo Mário Reali (PT).

Para Sérgio Murilo Pinto, presidente do Conseg - regional Sul, "tudo" a Prefeitura pleiteia junto ao governo federal. "Uma cidade com quase R$ 800 milhões de orçamento não tem verba para investir na segurança?", questionou.

Tanto Sérgio quanto guardas municipais afirmaram que o Centro está fragilizado e falho. "A GCM não tem efetivo qualificado para operar o sistema", criticou o presidente. Aliás, nunca as 64 câmeras funcionaram juntas. No máximo, 52, segundo o Diário apurou. A manutenção é feita por empresa terceirizada, que estaria com o seu contrato vencido.




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