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Professores não param escolas
Bruna Gonçalves
Fabiana Piasentin
09/03/2010 | 07:58
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Ari Paleta/DGABC


A presidente da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo), Maria Izabel Noronha, acredita que a greve dos professores da rede estadual deve ganhar força hoje. Ontem, no primeiro dia da paralisação, as aulas nas escolas do Grande ABC não foram afetadas.

A presidente disse que o corpo docente aproveitou para orientar os alunos sobre a paralisação. "O movimento superou as expectativas. Nós sabíamos que hoje (ontem), conforme foi deliberado na assembleia (realizada na sexta), os professores iriam às escolas apenas para conversar com os alunos", avalia Maria.

Ela informou que os cerca de 130 mil professores da rede estadual de ensino cruzaram os braços desde ontem. No Grande ABC, um balanço deve sair hoje com o total de profissionais parados.

A subsede do sindicato em São Bernardo informou que algumas escolas ficaram paralisadas e outras parcialmente, mas não houve prejuízos aos alunos. As demais funcionaram normalmente, como a EE Baeta Neves, no bairro Baeta Neves. "Estamos com uma expectativa boa que vamos conseguir negociar. Essa é a hora, porque provavelmente o governador de São Paulo, José Serra, vai se afastar do governo para se dedicar às eleições presidenciais e não teremos mais essa chance", ressalta o coordenador da subsede de Santo André e diretor estadual do sindicato, Edgar Fernandes Neto.

A categoria reivindica reajuste salarial imediato de 34,3%, incorporação de todas as gratificações, extensiva aos aposentados. "Queremos que o governo incorpore ao nosso salário a bonificação. Vamos lutar também por melhorias na infraestrutura", pontua Edgar.

Questionado sobre reposição de aula para os alunos, Edgar é categórico: " Os nossos alunos não serão prejudicados, porque vamos repor as aulas como sempre fizemos", diz o coordenador.

A Apeoesp questiona o Estado sobre as políticas de méritos para os professores, em que apenas, 20% passam na prova de valorização de mérito que é realizada no início do ano. Uma outra assembleia acontece sexta-feira para definir os rumos da greve.




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