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Deficiência não impede arte e esporte
Kelly Zucatelli
Do Diário do Grande ABC
31/08/2008 | 07:18
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Deficiências físicas ou mentais não são barreiras para quem tem talento, seja no esporte, dança ou música. Portadores de necessidades especiais fazem de suas dificuldades grandes ferramentas para a conquista de seus sonhos.

"Quando a pessoa tem um determinado tipo de deficiência, ele termina desenvolvendo melhor outras habilidades", explica a neuropediatra Danielle Christofolli. "Um cego, por exemplo, desenvolverá melhor o olfato e o tato para suprir as informações que esse sentido levava ao cérebro."

A médica também avisa que é importante a família observar desde a infância quais são as aptidões da criança especial. A partir disso, deve-se procurar entidades especializadas para o treinamento.

A deficiência mental conseqüência de uma rubéola na infância é superada em forma de canções todos os dias por Josafá Pacheco do Nascimento, 41 anos. Desde criança ele lida com o problema fazendo o que mais gosta: cantar e tocar violão, teclado e sanfona.

Na escadaria da Apae (Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais) de Santo André, da qual é o aluno mais antigo, Nascimento conta que sua história com a música nasceu no mesmo ano em que ficou cego, em 1985, quando ganhou um cavaquinho de um cunhado. "Nunca fui à escola para aprender tocar. Tirava as letras das músicas escutando pelo rádio. Meus pais não me deram apoio no início, pois são evangélicos e queriam que eu tocasse os hinos da igreja, e não as músicas sertanejas que são a minha preferência", revela.

Com orgulho, ele conta que já tem 34 músicas compostas, mas que infelizmente ainda não conseguiu apoio para gravar um CD. "A que mais gosto chama-se Menina Angelical, que fala de uma moça doce, que no fundo era a que eu sonhava para ser minha namorada, mas ainda não consegui tê-la."




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