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Operação da PF no Rio interdita 18 bingos e prende 10 pessoas
Estadão Conteúdo
16/12/2006 | 22:37
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Dezoito bingos foram interditados na terceira operação da Polícia Federal no Rio de Janeiro em dois dias consecutivos. Oitenta caminhões foram mobilizados para recolher 4.800 máquinas de vídeo-bingo, avaliadas em R$ 75 milhões. O Ministério Público Federal informou que a Justiça decretou a prisão de 19 acusados de envolvimento com a máfia dos caça-níqueis - policiais civis e militares e advogados. Dez já estão presos e nove mandados seriam cumpridos neste sábado. Também foi expedido mandado de busca e apreensão contra um jornalista.

O delegado Alessandro Moretti informou que a PF começou a investigar a disputa entre quadrilhas rivais pelo controle do jogo na zona Oeste e o envolvimento de policiais, que dariam sustentação “para que a guerra não chegasse ao caos”.

Os agentes chegaram a policiais ligados ao ex-chefe de Polícia Civil, Álvaro Lins, acusado pela PF de ser o líder da quadrilha: “Álvaro Lins é apontado como o chefe desse grupo”, afirmou o delegado Moretti.

Ele explicou que a casa de Lins não foi revistada, apesar de haver mandado de busca e apreensão, porque houve dúvidas quanto à competência da decisão judicial, já que o delegado havia sido diplomado deputado estadual. “Não houve tempo de consultar o Tribunal Regional Eleitoral e não iríamos colocar em risco toda a operação por uma divergência de entendimento quanto à competência judicial.”

A operação Ouro de Tolo contou com 431 agentes federais e foi deflagrada na sexta-feira para combater os crimes de descaminho, contrabando e sonegação de tributos cometidas pelos donos de bingos.

“A discussão jurídica sobre o jogo é violenta e não vou entrar no mérito. A PF está centrada no crime. Esses componentes não são fabricados no Brasil e não podem ser importados”, afirmou o delegado federal Cristiano Sampaio.




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