Ação começou na segunda-feira e deve durar até 50 dias; prédio ficou abandonado por 15 anos
A movimentação dentro do prédio onde funcionou o Best Shopping, no bairro Chácara Inglesa, em São Bernardo, mostra que, agora, finalmente, o imóvel será demolido, depois de 15 anos de abandono. A ação, que teve alvará concedido no dia 12, começou na segunda-feira e está sendo executada pela Apollo Construtora.
O serviço foi iniciado com a limpeza do espaço, desmontagem do telhado e retirada de vidros e azulejos. O advogado e gestor da área, Marco Alexandre, estima que o gasto total da demolição será de R$ 2,1 milhões. Quem arca com os custos são os proprietários do local.
A previsão é que o trabalho seja concluído em até 50 dias. “As lajes do prédio vão dar um certo trabalho, pois elas são grossas, muito reforçadas”, falou Alexandre.
Visando minimizar os transtornos a quem mora próximo ao edifício, a atividade está sendo feita pelo método de esmagamento – quebra de concreto estrutural (lajes, escadas, vigas, paredes, pilares, entre outros), que o deixa triturado e não gera ruído. Porém, o uso de britadeira em certas ocasiões será inevitável. “Tem lugares que a máquina não entra, como na parte onde ficava a administração do shopping, que é no terceiro piso, além dos banheiros, corredores”, explica o advogado. Os trabalhadores da empresa atuarão somente de segunda a sexta-feira, em horário comercial. “Procuramos causar o mínimo de impacto para os moradores do bairro.”
Com a presença de árvores no entorno, serão retiradas apenas as que estão na área interna, sendo replantadas depois. Se houver dano a algum exemplar, também será feita a compensação ambiental.
Para descartar todo o entulho, serão necessários de 800 a 900 caminhões. Os resíduos vão ser levados para a Lara- Central de Tratamento de Resíduos Ltda, que fica em Mauá.
Com a demolição do Best Shopping, renascerá um terreno de 8.400 m², pronto para receber outro empreendimento, que não poderá ser usado em sua totalidade para a construção de moradias, por estar em área de uso misto. O futuro do espaço, no entanto, depende de outras questões. Para definir um projeto para o local, será necessário iniciar o processo para criação de uma matrícula única e, dessa maneira, ter a propriedade do espaço. São 162 matrículas e 222 famílias proprietárias das antigas lojas do centro comercial. Faltam quatro matrículas para essa unificação, que já estão em tratativas.
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