Diogenes e o travesti - branco, cabelos negros compridos e cacheados, aparentando 30 anos - chegaram ao Horus Motel, na avenida Alvaro Guimaraes, minutos antes das 8h. Os dois estavam no caminhao Mercedes-Benz placa BXA-2973, de Santo André. Segundo a recepcionista, que pediu para nao ter o nome divulgado, o motorista demonstrou saber que o acompanhante nao era mulher.
Os dois permaneceram na suíte durante 90 minutos. As 9h30, a dupla deixou o quarto. Os problemas começaram devido à negativa de Diogenes pagar a conta. A recepcionista informou que, diante do impasse, pediu para o motorista pegar um objeto de valor para servir de garantia de pagamento do débito. A funcionária explicou ser uma determinaçao do proprietário.
Diogenes concordou com a determinaçao. Ele saiu do motel em direçao ao caminhao, estacionado na calçada em frente. O travesti, em principio ficou sentado em um banco junto à recepçao. Mas, temendo a fuga do cliente, foi correndo discutir. O motorista deu partida e colocou o Mercedes-Benz em movimento.
O travesti foi discutir na janela do motorista. Ao descer a calçada, o salto-agulha da bota nao resistiu ao esforço e quebrou. O travesti caiu na frente do caminhao. Diogenes passou por cima do homossexual. Os pneus do veículo atingiram o tronco da vítima provocando a morte imediata. O motorista fugiu do local. No impacto, a antena de proteçao direita do caminhao quebrou.
A viatura P-663 utilizada pela Polícia Militar foi acionada. A policial feminina responsável pela preservaçao do local nao pode ser identificada porque nao usava a tarjeta obrigatória com seu nome. A ocorrência foi encaminhada para o 2º Distrito Policial de Sao Bernardo.
A cédula de identidade de Diogenes foi o ponto de partida para o delegado Marco Aurélio Batista esclarecer o caso. Na fuga, o motorista deixou o documento na recepçao do motel. A equipe de Homicídios auxiliou nas investigaçoes. Os policiais localizaram o caminhao na rua Etran, a aproximadamente 1 km do motel.
A polícia conseguiu localizar a casa de Diogenes. O acusado nao foi encontrado. O delegado Batista registrou o caso como "homicídio culposo", quando o autor nao tem intençao de matar. Ele apreendeu a carteira de identidade do motorista e a antena de proteçao do caminhao.
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