A notícia de que o início das aulas da rede estadual de ensino foi adiado para o dia 17 surpreendeu pais, alunos, professores e funcionários de algumas escolas da região, que haviam retornado às atividades na segunda-feira.

Na EE Professor Nicolau Moraes de Barros, na Vila Pires, em Santo André, muitos pais não sabiam da determinação e estavam confusos com a notícia. "Aconteceu alguma coisa na escola que não estamos sabendo?", questionava um pai.

Um funcionário, que pediu para não ser identificado, explicava a eles que a medida foi uma determinação superior. "É só por prevenção que as aulas foram suspensas. Não registramos nenhum caso aqui na escola."

A falta de informação era visível entre os funcionários. "Não podemos dar declarações. A ordem acabou de chegar da Delegacia de Ensino", disse uma funcionária.

Para a cabeleireira Sandra Regina Herculano dos Santos, 45 anos, que tem um filho de 6 anos, a determinação é importante para manter a saúde das crianças. "Os casos de óbitos estão aumentando e não podemos brincar com a vida de nossos filhos. Estou com muito medo."

A secretária Tatiana Miguel Valério da Silva, 32, acredita que a medida possa prejudicar o ensino de seus dois filhos. "Gostaria de saber como esses dias serão repostos. Se for aos sábados, minhas crianças ficarão sem vir para a escola, pois não tenho como trazê-las", reclamou.

Assustada, a dona de casa Margarida Alves Macedo Andrade, 43, acha que em 15 dias a situação não será resolvida. "Estou com medo. Os casos de gripe estão chegando cada vez mais perto de nós."

Os professores da EE Doutor Generoso Alves de Siqueira, na Vila Vitória, em Santo André, estão passando informações de higiene aos alunos. "Eles falam que sempre devemos lavar as mãos e não dividir o lanche", contou Carina Alves Andrade, 11 anos.