Ao contrário do que aconteceu a Muricy Ramalho na goleada sofrida pelo Palmeiras diante do São Caetano, Antonio Carlos escapou ileso do tropeço de quarta-feira, contra o Santo André, também no Palestra Itália. Afinal, o clube resolveu dar um tempo ao técnico. Há o consenso de que o comandante ainda não pôde implantar a nova filosofia de trabalho.

"Reconhecemos que o Antonio Carlos não pode mudar as coisas tão de repente. Não tomaremos decisões de cabeça quente. Nosso problema não é do Santo André, que mostra bela campanha e fica atrás apenas do Santos. Acho que não poderíamos perder do São Caetano e do Rio Claro", exemplificou o diretor Seraphim Del Grande.

Aparentemente, as palavras de solidariedade parecem fortalecê-lo na frente dos próximos desafios. Amanhã, o time irá enfrentar o Sertãozinho (às 17h, no Palestra Itália) e, no dia 14, o Santos fora de casa. Em seguida, Ponte Preta, Rio Branco, Mirassol, Oeste e Paulista de Jundiaí. "Na minha chegada, conversamos claramente sobre as condições que me ofereceriam para entrosar a equipe. O ideal seria mais uma semana de treinamentos", explicou Antonio Carlos, que pretende levar o elenco para o Interior.

Ele ainda confia na reação imediata e garante que as críticas dos torcedores não chegam a incomodá-lo. Também sugeriu mais três reforços aos dirigentes. "Não podemos nos considerar fora da briga. O Estadual não permite novas inscrições, mas já estamos bem atentos ao Campeonato Brasileiro", afirmou o técnico, que havia projetado três vitórias consecutivas para encostar no G-4 (os quatro melhores colocados).

"Agora, ficou mais complicado, mas não é impossível. Depende só da gente. Mas não vamos desistir da luta", discursou, ao se referir aos irrisórios 16 pontos conquistados no Paulistão. "Estamos unidos. Mantemos o diálogo", contou Antonio Carlos, que aposta no recém-contratado Ewerthon para sair da crise.