Uma chacina que deixou saldo de três mortes e uma pessoa ferida foi o principal registro policial na primeira noite de Carnaval do Grande ABC, na madrugada de domingo. Quatro homens que estavam em frente a um bar, localizado na alameda Dom Pedro Alcântara, no Jardim Nascimento, em São Bernardo, foram baleados por volta das 3h de domingo. Os autores dos disparos ocupavam um Santana bege, que foi abandonado pouco depois. A polícia ainda não sabe os motivos do crime.

Várias pessoas tomavam cerveja no bar quando aconteceu o crime. O Santana bege parou em frente ao local e quatro homens armados desceram do veículo. Um grupo de rapazes, entre os quais Marcelo Cândido da Cruz, 31 anos, Cícero Gonçalves, 23, Anderson Correa Izidoro, 22, e Mauro dos Santos Oliveira, 22, estava em frente ao estabelecimento.

Sem dizer nada, os ocupantes do Santana foram em direção aos rapazes e passaram a atirar. Cruz foi atingido no peito pelos disparos, Gonçalves na cabeça e Izidoro no abdômen. Oliveira, o único sobrevivente, foi atingido na perna. Após balear os rapazes, o grupo fugiu do local.

A polícia chegou pouco tempo depois, mas não conseguiu salvar três dos quatro rapazes. Oliveira foi levado ao Hospital Municipal, onde permanece internado. O Santana foi encontrado pelos policiais logo depois, abandonado em uma rua do mesmo bairro.

Os motivos do crime ainda não foram descobertos pela polícia. Oliveira foi levado inconsciente para o hospital e não pôde prestar depoimento. O caso está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios de São Bernardo.

Entre os moradores do local impera a lei do silêncio. Apesar de várias pessoas estarem no bar no momento dos tiros, ninguém sequer descreveu os atiradores para a polícia. A proprietária do bar, que não foi identificada por motivos de segurança, disse que o local foi tomado por uma confusão generalizada após os disparos.

“Eu me assustei com aquele povo correndo para dentro do bar para tentar se proteger. Estava atrás do balcão e não deu para ver nada”, disse a comerciante. Ela afirmou que não chegou a ver os atiradores, e que só conhecia as vítimas de vista. “Vem muita gente aqui”, afirmou.