Policiais civis do 6º DP (Vila Mazzei) de Santo André prenderam ontem, por volta das 13h, o pedreiro Osmar da Silva Rosa, 44 anos. Ele estava foragido desde o dia 3 por ter baleado no rosto a cabeleireira Edneia Jeronymo, 43, na casa dela, no Jardim Irene.

O crime teve motivação passional. Edneia tinha rompido o curto relacionamento que teve com o pedreiro alguns meses atrás. Na época, Rosa quebrou o carro de Edneia a marretadas e um boletim de ocorrência chegou a ser registrado na Delegacia de Defesa da Mulher da cidade.

Rosa foi identificado por policiais enquanto estava na porta do Fórum de Santo André. Primeiro negou sua identidade. Mas depois disse que estava ali para "se entregar". O pedreiro buscou abrigo em casa de amigos e parentes, mas foi expulso. Estava hospedado em uma pensão, no Centro. "A gente percebeu que ele não tinha para onde correr", disse o delegado Marco Cattani.

O pedreiro contou que comprou o revólver de um desconhecido na Vila Luzita por R$ 400, mas que jogou a arma fora após ter cometido o crime. Segundo ele, Edneia ameaçou mandar o ex-marido para tirar satisfações, por isso ligou e pediu para conversar com a cabeleireira no dia do crime. "Ele teria atirado porque ela fez movimentos bruscos dentro do carro." A versão tem diversas contradições e, por isso, a polícia irá pedir a mudança de prisão temporária, de apenas 30 dias, para preventiva. Rosa ficará detido na Cadeia Pública da cidade.

Para a família da vítima, a prisão do pedreiro trouxe um pouco mais de alívio, mas não a alegria. Isso porque Edneia segue internada em estado gravíssimo no Pronto-Socorro Municipal. Uma das duas balas que acertou a cabeleireira continua alojada na têmpora. Ela permanece internada na Unidade de Tratamento Intensivo em coma induzido e, segundo os médicos, tem poucas chances de sobreviver aos ferimentos causados.