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Imprevisto não desanima escola Seci
Bruna Gonçalves
Do Diário do Grande ABC
01/02/2011 | 07:19
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Ventos fortes levaram parte das telhas do barracão, e fantasias que estavam guardadas em uma sala terão de ser refeitas porque foram danificadas pelas chuvas de janeiro. Seria motivo para desânimo? Não para os carnavalescos da Escola de Samba Seci, campeã de 2010 em Santo André.

"O trabalho está sendo dobrado, para termos boa colocação. Quando se aproxima da data, não dá nem para dormir", afirma o presidente Edvaldo Jatobá, 48 anos.

A escola será a penúltima a desfilar no dia 6 de março, por volta de 0h50, no Espaço Pirelli (Avenida Giovanni Batista Pirelli, próximo ao Carrefour).

Ele e sua mulher, a costureira Nalva de Lima, 43, estão na escola desde a fundação.

"Todas as alas são importantes. Por isso, tudo é feito com muitos detalhes. Somos cerca de 30 pessoas trabalhando a todo vapor. Muitas fantasias estão prontas. Mas é claro que os últimos ajustes ficam para horas antes do desfile", afirma Nalva.

Com um custo que ultrapassa a verba destinada pela Prefeitura, a escola realiza festas para aumentar os recursos destinados ao Carnaval. "Sempre gastamos mais do que é repassado. Neste ano, a verba é de R$ 24 mil, mas contamos com a ajuda da comunidade para fazer um grande desfile", afirma Nalva.

Há 12 anos, a dona de casa Priscila de Oliveira, 32, desfila na escola. "É impossível ser do bairro e não se envolver. Não é à toa que meus três filhos, de 12, 11 e 9 anos, nasceram no clima e fazem parte da escola." Os filhos de Priscila seguiram os passos do marido, o mestre de bateria Ricardo Bastos, 40, conhecido como Mestre Ricca.

A estudante Jéssica da Silva Batista, 17, há cinco anos na Seci, terá missão importante. "Vou ser chefe de ala, a pessoa que tem que ver se todos estão em harmonia e organizados."

Enredo contará a história da pedra rubi

Com o enredo Vermelho Como Sangue, Vibrante Como Fogo, a Escola de Samba Seci levará para a avenida a história da pedra rubi.

"Vamos mostrar a história da pedra, falando da sua descoberta, do valor que tem na Índia, por exemplo. Além de pontos pitorescos como os advogados, que usam um anel com a pedra, as bodas de rubi, que comemora 40 anos da união de um casal", explica um dos compositores, o mecânico Givaldo Alves Bezerra, 56 anos, que já fez composições para escolas da região e de São Paulo.

Há 35 ano nos samba, ele explica que é fundamental um enredo fácil e com refrão forte. "Vejo que as pessoas da escola e as que vêm até o barracão gostaram, e isso é importante para um bom desempenho."

Serão cerca de 450 componentes distribuídos em dez alas e três carros alegóricos.

A bateria conta com 70 integrantes que prometem agitar o desfile. "O sucesso da bateria está no empenho de todos, pois um depende do outro. Por isso é que os ensaios estão acontecendo há quatro meses", afirma o mestre de bateria Ricardo Bastos, 40, conhecido como Mestre Ricca, que está há nove anos no posto.

 




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