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Bancos de sangue entram em época de ‘seca’
Márcia Pinna Raspanti
Do Diário do Grande ABC
06/12/2001 | 20:39
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Com a chegada das festas de fim de ano e das férias escolares, as doações de sangue diminuem e a necessidade das transfusões aumenta devido ao grande número de acidentes. Segundo dados da Fundação Pró-Sangue, que abastece os hospitais públicos do Estado, as doações chegam a cair 40% no período entre Natal até o fim de janeiro.

No Hospital Estadual de Diadema (o Serraria), as cirurgias que não têm caráter urgente devem ser remarcadas para fevereiro. “Deixamos o estoque, que diminui muito, para as emergências”, disse Andréia Moura, responsável pela doação espontânea do Serraria.

No caso de o estoque ficar abaixo de dez sacos, o hospital, abastecido pelo hemocentro da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), pede um reforço para a Fundação Pró-Sangue. Para doar sangue ao Hospital Estadual de Diadema, basta ir ao local, das 9h às 17h. Informações pelo telefone 4065-9000.

O Centro Hospitalar de Santo André (4433-0051) recebe doações de sangue, das 7h às 12h. Ele é enviado para o Núcleo de Hematologia e Hemoterapia de São Caetano, que abastece o Pronto-Socorro Municipal e Hospital Infantil Márcia Braido, em São Caetano.

Segundo Édson Pedruzzi, diretor da DIR-2 (Direção Regional de Saúde), órgão a que o núcleo é subordinado, ainda não há falta de sangue na região. “Sempre que há festas ou feriados há mais acidentes e no fim do ano não é diferente. Além disso, certos tipos de sangue, como os de RH- e do tipo O, são difíceis de conseguir no ano todo.”

O Hospital Municipal Universitário de São Bernardo não possui posto de coleta e a agência transfusional do hospital recebe sangue de vários fornecedores, quando há necessidade. O Hospital Anchieta (4345-4011, ramal 239), em São Bernardo, tem um posto de coleta da Colsan (Sociedade Beneficente de Coleta de Sangue), ligada à Unifesp.

A Fundação Pró-Sangue não possui postos fixos na região, mas tem um serviço de coleta que vai a empresas e instituições. Para entrar em contato com a fundação, basta ligar para 0800-550300 ou acessar o site (prosangue.sp.gov.br.).

Doadores – A doação de sangue já virou para alguns uma rotina. Há sete anos, o comerciante Gílson Trindade, 34 anos, doa sangue duas vezes ao ano. “Quando minha mãe precisou fazer uma cirurgia e não havia sangue disponível, senti na pele o problema. A família quase foi à loucura. Desde então, sou um doador constante.”

Trindade se cadastrou no Hospital Estadual de Diadema e disse que pretende ser um dos doadores assíduos do hospital. “Acho que as pessoas deveriam perder o medo e contribuir mais”, disse Gílson, que já organizou uma campanha de incentivo às doações.

Para doar sangue, é preciso ter entre 18 e 60 anos, pesar mais de 50 kg, levar o RG e estar em boas condições de saúde. Não é preciso estar em jejum, mas é desaconselhável ingerir alimentos pesados pouco antes da doação.




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