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Sindicato dos servidores federais em SP repudia prisão
Do Diário OnLine
23/07/2003 | 15:46
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O Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público Federal nos Estado de São Paulo divulgou uma nota ao presidente da Câmara dos Deputados repudiando a prisão de um servidor público durante a manifestação contra a reforma da Previdência.

Confira a íntegra da nota:

Ao senhor presidente da Câmara dos Deputados, deputado João Paulo Cunha
C/c relator da Comissão Especial deputado José Pimentel

O Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público Federal no Estado de São Paulo vem repudiar a agressão, espancamento e prisão do servidor público federal Rogério Marzola, membro do Comando Nacional de Greve Unificado dos Servidores Públicos, ocorrida nas dependências da Câmara do Deputados.

No início da tarde do dia 23 de julho, Rogério foi espancado e algemado por mais de 20 policias militares do Distrito Federal por estar, junto com muitos outros servidores públicos federais, realizando um legítimo e democrático protesto contra a proposta de reforma da previdência em discussão na Comissão Especial da Câmara dos Deputados.

É inadmissível que a presidência desta casa permita que um batalhão da polícia militar do facínora governador Joaquim Roriz ocupe as dependências do Parlamento (que deveria ser um território da livre manifestação de idéias ou como gostam de dizer muitos, a " casa do povo") para espancar trabalhadores.

Repetimos: é inadmissível! Isso coloca uma sombra sobre quais serão os procedimentos do governo federal (eleito pelo povo para realizar mudanças para o povo) para aprovar as suas políticas e propostas de Reforma. O direito de greve, manifestação e expressão são conquistas históricas dos trabalhadores e do povo brasileiro. A presidência desta casa e os parlamentares comprometidos com lutas históricas dos trabalhadores não podem aceitar tal procedimento.

Exigimos da presidência desta casa um posicionamento claro sobre este episódio no sentido de rechaçar a repressão contra servidores, além da garantia de que tal fato não mais se repetirá, ou seja, que Câmara dos Deputados não permitirá a presença da Polícia Militar, em hipótese alguma, nas suas dependências.

Esperamos que a presidência desta casa colabore com as entidades dos servidores públicos para exigir a identificação e punição dos policiais responsáveis pelo espancamento do servidor Rogério Marzola.

Reafirmamos que o fato ocorrido não vai intimidar, nem arrefecer nossa disposição de continuar nossa greve e nossa luta – legítima! -- contra essa proposta de Reforma da Previdência que retira direitos e privatiza a previdência pública.

Luis Gênova,
Secretário-geral I

Pela diretoria colegiada do Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público no Estado de São Paulo




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