A novela envolvendo o retorno de Luiz Felipe Scolari deve ter os últimos capítulos nesta semana. Com o receio de que a negociação se alongue e o fim seja frustrante para a torcida, a diretoria palmeirense espera definir o acordo com o treinador até sexta-feira. Tudo está nas mãos de Felipão, que pede tempo, mas a diretoria tem pressa.

"Não temos como aguardar que ele dê a resposta só depois da Copa. A ideia é que tenhamos uma definição antes de acabar a semana", explicou o diretor de futebol do Palmeiras, Seraphim Del Grande.

O salário, que parecia ser um problema, não é mais. Felipão teria pedido R$ 600 mil por mês, valor pouco acima do que o clube pagava para Muricy Ramalho (R$ 450 mil) e Vanderlei Luxemburgo (R$ 500 mil). A Traffic já se colocou à disposição para ajudar a arcar com o salário. "O que ele pediu não está fora do que se paga para técnicos tops no futebol brasileiro", disse.

Felipão quer voltar ao Palmeiras e só não disse sim por causa da família. Seu filho mais novo, Fabrício, acaba de ingressar na faculdade, em Portugal, e a mulher do treinador, Olga, gostaria de permanecer na Europa. Embora admita a dificuldade na negociação, Seraphim não joga a toalha. "Ele sabe da nossa vontade e ficou de dar resposta."