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Câncer de mama é tema de palestras
Maíra Sanches
Do Diário do Grande ABC
10/11/2010 | 07:26
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O Centro de Estudos e Pesquisas de Hematologia e Oncologia da Faculdade de Medicina do ABC dá início hoje a dois eventos gratuitos que serão realizados no Auditório Estação Jardim do Restaurante Baby Beef Jardim, na Rua das Bandeiras, 196, bairro Jardim.

A primeira atividade é o 7º Fórum de Debate para a População sobre Câncer de Mama, que acontece das 14h30 às 16h30 e é destinado à população em geral. O objetivo é tirar dúvidas do público leigo sobre o trabalho de prevenção da doença e oferecer orientações. Ao todo, são quatro palestras: tratamento cirúrgico do câncer de mama, reconstrução cirúrgica da mama, quimioterapia e hormonioterapia no câncer de mama e a Importância das ONGs (Organizações Não Governamentais) na luta contra o câncer de mama.

O segundo evento acontece das 16h45 até 20h e é destinado aos profissionais da Saúde. Trata-se do 5º Simpósio Internacional de Câncer de Mama, que busca promover a atualização científica de médicos. O destaque é a presença do médico oncologista Steven Mark Sugarman, do Departamento de Medicina do Memorial Sloan-Kettering Cancer Center, em Nova York, nos Estados Unidos.

 

DEPOIMENTO

Lúcia de Oliveira Leite, presidente da Rede Feminina de Combate ao Câncer de Mama de São Caetano, aprova a iniciativa e diz que as mulheres devem ter mais atenção com os sinais do corpo. "Às vezes elas se descuidam e não ficam a par da doença. Por isso é válido a divulgação dos trabalhos que alertem a população sobre qualquer tipo de câncer."

Ângela Maria Fiorotti, 52 anos, mora no bairro Santo Antônio, em São Caetano. Ela é uma das 115 voluntárias da equipe da rede desde 2002, quando venceu a batalha pela vida após seis sessões de quimioterapia e 28 de radioterapia. Mastectomizada, ela usa prótese de silicone externa na mama direita e diz se arrepender de ter tido maus hábitos antes de desenvolver a doença. "Eu fumava, dormia pouco e comia mal. Não há casos na família. Os médicos atribuíam o surgimento da doença à vida desregrada que levava", conta.

Para ela, enfrentar o tratamento demanda coragem e não fraquejar é fundamental. "As pessoas têm receio de pedir ajuda, pois acham que vão atrapalhar. Mas, temos que aceitar e ter firmeza. Eu não chorava, porque a família e os amigos se enfraquecem com a sua fraqueza. Foi uma descoberta lidar com a minha coragem e determinação. Ou eu me tratava, ou me atirava na cama e esperava morrer."

Ângela descobriu a doença acidentalmente, ao sentir um incômodo quando seu filho encostou na mama. Mesmo com os exames em dia, o nódulo foi descoberto somente após dois anos do surgimento. "Se está com os exames em mãos, não custa. Leve-os e procure a segunda opinião", aconselha. O processo de recuperação levou oito meses e Ângela se surpreendeu com o resultado. "Foi tudo mais rápido do que imaginei. Pensava que ficaria anos doente", conclui.

A entidade existe há 30 anos na cidade e atende 100 pacientes todo mês. Informações: 4229-2398




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