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CDHU vê Carta de Crédito como saída
Bruna Gonçalves
Do Diário do Grande ABC
31/07/2011 | 07:24
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Com a escassez de terrenos para construção de moradias populares na região, a Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano vê como saída o financiamento bancário, por meio da Carta de Crédito. O programa será apresentado quinta-feira, em reunião na Prefeitura de Santo André, aos moradores que vivem em área de risco no Jardim Santo André.

O secretário estadual de Habitação, Sílvio Torres, comentou ontem, durante a entrega de 200 apartamentos no Residencial Nova Esperança, no Parque São Vicente, em Mauá, a importância da opção aos moradores. "Às vezes encontramos algumas dificuldades para encontrar terrenos para a construção. Com a Carta de Crédito o morador terá a opção de encontrar uma residência regularizada em qualquer cidade, para que, por exemplo, facilite a proximidade ao trabalho." O valor do crédito vai depender da renda da família.

Com a Carta de Crédito será possível adquirir um imóvel pronto, regularizado, e que tenha serviços de infra-estrutura, conforme os encontrados no mercado imobiliário.

Torres explicou que a CDHU destina R$ 700 milhões em construções de moradias na região, onde o deficit ultrapassa 88 mil moradias.

 

RESIDENCIAL

O empreendimento é o resultado de parceria entre governo estadual, federal e da Associação do Movimento de Alfabetização de Jovens e Adultos, responsável pela elaboração do projeto e a execução das obras, em regime de mutirão.

"Foram cerca de 80 pessoas que, desde 2008, se dedicaram, enfrentaram as dificuldades e os desafios para colher o resultado da moradia própria", disse a presidente da associação, Maria Conceição Aparecida Barbosa.

Ela revelou que as próximas construções serão em terreno em frente ao residencial, em Santo André, que beneficiará 120 famílias e outras 200 em Pajucara, em Mauá.

O residencial foi feito por meio do Programa Crédito Solidário da Caixa, e contou com o aporte da Secretaria Estadual de Habitação, de R$ 2,17 milhões. O Crédito Solidário investiu R$ 30 mil a cada família atendida pelo programa. Como o custo do apartamento é de R$ 46 mil, a secretaria estadual completou o valor com R$ 10,8 mil. O restante ficou a cargo da entidade.

O secretário de Governo da Prefeitura de Mauá, José Luiz Cassimiro, esteve no evento e disse que o município trablha com parcerias para a construção de unidades habitacionais. "Temos 800 unidades sendo construídas no Feital, e estamos conversando para atender o bairro Cerqueira Leite.

 

Moradores ajudaram a construir os dez blocos do residencial

A manhã de ontem foi de alegria para 200 famílias. Principalmente para aqueles que ajudaram erguer cada bloco da construção. Um deles é o eletricista João Batista dos Santos, 49 anos, que durante os fins de semana deu seu suor para ver as dez torres prontas.

"Moro há 25 anos de aluguel. É um sonho ver a obra finalizada e ter a casa própria", afirmou o morador de Santo André, que se muda em breve com a mulher e dois filhos.

Em breve, a família da doméstica de Santo André Roseli Ferreira da Cruz, 43, não vai mais precisar morar de favor. "Estamos muito felizes, Meu marido ajudou a construir, então vi a fundo cada detalhe, cada evolução da obra", disse Roseli, que tem quatro filhos. Assim como ela, os demais moradores vão poder financiar, pagando R$ 125 por mês, durante -dores deverão entrar em contato com a Associação do Movimento de Alfabetização de Jovens e Adultos de Mauá para assinara documentação, fazer o cadastro e pegar o crachá para a entrada nas unidades.




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