Uma pesquisa realizada pela Symantec, fabricante de softwares de segurança, revelou que o brasileiro está despreparado para lidar com o spam (e-mail indesejado). A empresa entrevistou 900 usuários de computador no Brasil e constatou que 69% deles contam apenas com os filtros oferecidos pelos ISPs (do inglês, Provedores de Serviços de Internet) para se proteger e 17% não sabem se as mensagens são filtradas.

Em relação ao número de spams recebidos diariamente, 26% dos entrevistados falaram que recebem entre 51 e 100 mensagens, enquanto 22% disseram receber de dez a 50 e-mails indesejados por dia. Apenas 8% utilizam filtros junto com as ferramentas implementadas pelo provedor de acesso e 6% têm em casa um produto destinado a separar mensagens indesejadas das demais.

A forma como os usuários lidam com o problema chamou a atenção da empresa. De acordo com a pesquisa, 38% apagam os spams e 31% respondem às mensagens, solicitando a exclusão das listas de envio. “Essa atitude só piora o problema, porque o usuário confirma para o spammer que o seu endereço é válido”, explica Lucio Costa, analista sênior de suporte técnico da Symantec do Brasil. Ele aconselha que os internautas não respondam mensagens suspeitas, pois basta uma resposta para confirmar a existência do e-mail.

A pesquisa mostrou que 34% dos usuários recebem e-mail não solicitados em casa, 23% no trabalho e 38% nos dois locais. Praticamente 100% dos entrevistados consideraram o spamming uma invasão de privacidade e 42% constataram um aumento no volume de mensagens não solicitadas.

Vírus – Muitas vezes, o spam é utilizado com o objetivo de instalar códigos maliciosos no computador do destinatário, para que possa ser usado remotamente em ataques do tipo DoS (Denial of Services). Também é comum que os e-mails não solicitados remetam os usuários a sites falsos – os chamados scams.

O site seguro, adverte a empresa, pode ser identificado pelo ícone de um cadeado fechado que aparece em amarelo ou numa caixa na barra inferior do formulário que é preenchido. “Nunca forneça detalhes do seu cartão de crédito ou outras informações pessoais para sites suspeitos”, diz Costa.

O resultado da pesquisa visa a embasar palestras e campanhas educativas promovidas pela Symantec e direcionadas aos usuários finais.